sexta-feira, 13 de junho de 2008

Shantala

para um bebê, ser massageado é como alimento – alimento tão necessário como os minerais, as vitaminas e as proteínas.” Frederick Leboyer (1985)
Shantala é uma tradição milenar originalmente da Índia, local em que as mães praticam essa massagem cotidianamente e passam de mãe para filha, quando gestante.
Dr. Frederick Leboyer, um obstetra francês, observou nesse país uma mãe paralítica, chamada Shantala, numa associação de caridade de uma favela em Calcutá, que mesmo com suas dificuldades, massageava o seu bebê. O médico pediu, então, para fotografá-la e por dias a acompanhou, tentando observar como aquela mãe transmitia tanto amor através dos movimentos.
O horror das ruas sórdidas que percorrera, dos pardieiros avistados, havia sumido por completo. Eu estava cego de tanta beleza e amor. Na verdade, o sol, numa explosão, fizera voar tudo em esplendor e iluminava a alegria por toda parte” (LEBOYER, 1995).
Laboyer batizou o ritual com o nome da mãe, Shantala, escreveu um livro publicado com fotos desses momentos especiais vivenciados e trouxe para o Ocidente.
A massagem Shantala implica uma seqüência de toques efetuados com carinho, com seqüência e técnica específica em movimentos lentos e harmoniosos, suaves compressões e alongamentos passivos por todo o corpo do bebê. Mas pode e deve ser definida como um ritual, uma intensa e sentida transferência de amor transmitida de mãe ou pai parafilho.

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