sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ayurveda

Ayurveda que pode ser traduzido como "sabedoria da vida", tem mais de 5.000 anos, segundo os textos clássicos sânscritos. É um sistema de cura que examina a constituição física, a natureza emocional e o panorama espiritual no contexto do universo. Segundo essa filosofia, a força universal da vida se manifesta em três energias diferentes ou doshas, conhecidos como vata, pitta e kapha.
Somos todos feitos de uma combinação única dessas três forças. Apesar de todos terem um pouco de cada, a maioria da pessoas tende a ter predominância de um ou dois doshas. Essa combinação única é determinada no momento da concepção e é sua ´própria impressão digital, ou prakriti (natureza).
Conforme caminha pela vida, a proporção de cada um dos três doshas flutua constantemente de acordo com o ambiente, a dieta, as estações, o clima, a idade e muitos outros fatores. Conforme se equilibram e desequilibram, os doshas podem afetar a saúde, o nível de energia e o humor em geral.
Para que vocês entendam um pouco, irei postar algumas informações de Ayurveda a partir de agora!
Namaste!

Fonte: Revista PYJ # out.08

terça-feira, 19 de maio de 2009

LUTO NO YOGA - Adeus a Sri K. Pattabhi Jois


K. Pattabhi Jois faleceu nesta manhã do dia 18 de maio, às 6h00 (horário de Brasília).

Ele tinha 94 anos e morreu depois de um curto período de doença.

Jois foi o fundador do Ashtanga Vinyasa Yoga e o responsável por difundir o método pelo mundo.

Ele nasceu em uma lua cheia de julho em 1915, no sagrado dia do calendário hindu, o Guru Purnima ,em uma pequena vila no estado de Karnataka, na Índia.
Ele ensinou por 63 anos ininterruptamente o Ashtanga Yoga, o mesmo método que ele aprendeu em 1927 de seu renomado guru Krishnamacharya (o mesmo guru de B.K.S.Iyengar).
P. Jois ficou famoso pelo sistema de yoga que ensinou e popularizou nos cinco continentes..
Há muitos anos atrás conheci esta frase dele que me marcou pela simplicidade:
“Para ensinar yoga voce deve ter para com seus alunos: dedicação e paciência.”


Uma grande perda para todos os praticantes de Yoga...

Deixamos aqui um mantra ao nosso Mestre:
Om, Shanti Shanti Shanti.


terça-feira, 5 de maio de 2009

Yoga para Crianças : O Princípio



"O Yoga é uma ciência muito antiga. Ninguém conhece suas origens. As lendas dizem que começou com os deuses e que Shiva foi o primeiro grande yogue. No decorrer dos tempos, muitos homens sábios trilharam o grande caminho do yoga. Cada um deles nos deixou referências para que as seguíssemos. Muitas histórias indianas antigas nos falam sobre esses sábios virtuosos e seu mundo maravilhoso. Esses sábios eram como crianças. Tudo os fascinava : o brilho das estrelas, as altas montanhas, os rios caudalosos, os animais ferozes, belos pássaros e até mesmo pequenos gafanhotos. Esses homens viviam próximos à natureza. Verdade, não-violência, honestidade, autodisciplina e simplicidade eram as bases de suas vidas. Entre esses virtuosos da antiguidade, o sábio Patanjali estava em primeiro lugar. "




Rajiv Chanchani e Swati Chanchani

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mudanças, segundo o Vedanta


Mudar é ivevitável. A impermanênia de tudo na criação foi reconhecida pelos sábios antigos da Índia revelada nas escrituras da tradição védica. Tanto as mudanças internas quanto externas são constantes. A vida de todos nós é cheia de alegrias e tristezas e tudo isso nos leva, queiramos ou não, a um amadurecimento emocional. Da mesma forma, nosso corpo também se transforma com o tempo. Resistir a essa ordem é como nadar contra a correnteza ou dar murro em ponta de faca. Mas isso não implica uma atitude "conformista". Temos livre-arbítrio e até certo ponto podemos influenciar as mudanças em nossas vidas.

Na Bhagavad Gita, Krishna ensina a Arjuna sobre Karma Yoga, a atitude na ação. Ele diz que temos escolha na ação, mas não no resultado dela. O fator mais importante ao fazermos nossas escolhas é o dharma. A palavra dharma aparece nos textos védicos com muitos significados, mas aqui se refere a "aquilo que deve ser feito", o que é etico e moral. Nossas mudanças devem ser mudanças dhármicas, que levem em consideração não só nossos desejos, mas também o bem-estar daqueles à nossa volta, assim como a natureza que nos rodeia.


Mas aonde tudo isso vai nos levar? O que podemos mudar, ou seja, o corpo e a mente, são parte dessa criação que está eternamente em transformação, portanto não existe perfeição que seja duradoura. Até mesmo o corpo mais saudável um dia morrerá. Segundo o Vedanta, o objetivo último da vida humana é descobrir que já somos perfeitos, que nossa verdadeira natureza, ao contrário do nosso corpo e mente, é eterna e imutável, pura consciência. E, portanto, para sermos o que já somos não precisamos nos transformar, só precisamos nos reconhecer livres da identificação errada, da identificação com o corpo e com a mente. A mudança da mente pelo Yoga e levando em consideração o dharma é a maturidade que conduz à busca do conhecimento do imutável, pois os sábios antigos da Índia reconhecem e revelam o ser livre de mudanças que denominam Brahman. Este é livre das limitações de tempo e espaço e é a natureza do sujeito. Revelam que Brahman é Atman, o eu básico de todos os seres que precisa ser percebido.


Por Paula Ornelas - Prana Yoga - abril/09.