quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Tadasana- Variações






(A) mãos em prece.












(B) braços paralelos na frente do peito.











(C) Braços paralelos acima da cabeça.

Tadasana- Modificações




  • De costas no chão, com as solas dos pés contra a parede e dedos elevados.
  • Faixa nas costas ou bloco entre as coxas: pressionar contra a faixa ou bloco para fortalecimento e alinhamento das pernas.
  • Faixa nos braços: pressionar contra a faixa para fortalecimento e alinhamento.

Tadasana - Benefícios, contra-indicações, ayurveda, doshas e chakras.


  • Benefícios: Ensina os alinhamentos fundamentais de todas as posturas de Yoga.
  1. Melhora o tônus postural.
  2. Melhora a consciência corporal.
  3. Criação de espaço na cavidade abdominal e torácica, contribuindo para a saúde digestiva e maior expansão dos pulmões.
  4. Criação de espaço entre as articulações.

  • Contra-indicações: Dor nas pernas, quadris, ombros, lordose ou cifose: começar com modificações, usando o chão ou parede como suporte.

  • Ayurveda: Equilibra os 5 elementos, com foco no elemento terra.

  • Doshas:
  1. vata: foco no enraizamento dos pés e ativação das pernas.
  2. pitta: foco na permanência sem esforço.
  3. kapha: foco na inalação e no movimento ascendente de energia.

  • Chakras: Forte ativação do primeiro. Sexto chakra também ativado com a focalização do olhar.


Tadasana - Postura da Montanha

" Estou profundamente conectado com a terra e me expandindo na direção do céu, irradiando luz a partir do centro do meu ser."

Instruções: De pé, com os pés paralelos e afastados um do outro na distância do quadril. Eleve os dedos dos pés do chão, pressionando os 4 cantos das solas dos pés uniformemente contra o solo. Sinta a ativação das pernas, elevando os ossos. Mantendo a ativação das pernas, suavemente volte a apoiar os dedos dos pés no chão. Ative os bandhas, sentindo que a firmeza do baixo abdômen alivia a curvatura da lombar, através da criação de mais espaço entre as vértebras lombares, enquanto o sacro aponta para baixo.
Eleve a caixa torácica, uniformemente pelos seus 4 lados : anterior, laterais e posterior, trazendo suavemente as costelas inferiores para baixo e para dentro, nivelando o tórax com a bacia. Alonge bem a coluna e relaxe os ombros, afastando-os das orelhas, criando espaço na porção superior das escápulas e deslizando sua porção inferior na direção da pélvis. Desta forma, sinta como a largura entre os ombros se expande, criando mais espaço para expansão completa dos pulmões, tanto anteriormente, posteriormente quanto lateralmente.
Ative os braços e junte os dedos das mãos, apontando-os para o chão. Alinhe o pescoço com o resto da coluna, trazendo as laterais do pescoço um pouco pra trás, deixando que o queixo fique paralelo ao chão., levemente puxado pra dentro, permitindo que a cabeça se alinhe com o tórax e bacia. Sinta o efeito da força da gravidade enraizando os pés no solo. Ao mesmo tempo, sinta que uma força igual e contrária vem da terra e alonga o corpo na direçao do céu. Respire ao longo deste espaço criado sentindo a presença do eixo energético terra-céu.
Ao inspirar sinta o fluxo ascendente de prana vayu. Ao expirar, perceba o fluxo descentente de apana vayu. Observe o ponto de encontro destas duas correntes energéticas, na altura do plexo solar, samana vayu.
Visualize raízes crescendo da sola dos pés na direção do centro da terra, criando estabilidade e sustentação, enquanto o assoalho pélvico se eleva, ativando o primeiro chakra.
Sinta-se plenamente seguro, sustentado e apoiado, absorvendo completamente as qualidades da montanha: firmeza, estabilidade e suavidade.
A quietude da montanha ativa seu observador interno, com sede no sexto chakra. Através das qualidades de clareza, discernimento e sabedoria, emanam deste centro energético em equilíbrio, a vida passa a ser vivida a partir de um novo ponto de vista fundamentado na estabilidade, força e suavidade da montanha.
Permaneça totalmente alerta, reconhecendo a felicidade inata proveniente do sentimento de plenitude como sua verdadeira natureza.
Desmanche suavemente a postura, absorvendo profundamente os benefícios da montanha. :)

Ásanas


Olá!

Depois de um longo tempo afastada, aqui estou de volta! :)

Vou inciar uma sequência de posts, com algumas posturas de Yoga, focando Ayurveda, ajustes, chakras, modificações, variações, instruções, benefícios e contraindicações.

Espero que de alguma forma ajude quem está praticando e quem tem interesse em iniciar a prática. As informações que usarei nos posts, são pesquisadas em obras clássicas do Yoga, e portanto, confiáveis.

Espero que gostem!

Namastê ♥_/\_♥

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Osho ♥


"A criação do homem é tão venenosa, tão debilitante, que destrói tudo que é significante e valioso em você e a substitui pela crueldade, pela violência, por um desejo de dominar. O papel da sociedade, por todos os lados, apóia essa destruição de sua inocência; é conveniente a eles.

Forçar alguma coisa simplesmente significa que você está forçando algo contra si mesmo. Isso gera a esquizofrenia, a personalidade dividida que luta consigo mesma. Esse é o artifício mais feio e destrutivo que tem sido usado pelos interesses conjuntos há centenas de anos.

Eles encontravam uma maneira simples de destruir o individual. O individual é um perigo – um perigo contra a exploração, um perigo contra a escravidão , um perigo contra qualquer tipo de imposição. Um indivíduo prefere morrer a se submeter.

A individualidade tem uma dignidade... mas o homem tem sido tirado dessa individualidade por meio de um artifício simples. Coloque o indivíduo em conflito – e você conhece o antigo ditado: uma casa dividida não fica em pé por muito tempo. Você está constantemente brigando consigo mesmo, porque lhe passaram idéias idiotas a seu respeito. Você tem de escolher entre sua natureza, ou centenas de anos de condicionamento – e os condicionamentos ficam mais profundos a cada dia. O prazer tem sido condenado, a falta de seriedade tem sido condenada, a descontração tem sido condenada. A humanidade inteira tem se transformado em seriedade pura, e a seriedade é uma doença psicológica. Pode aumentar e deixar sua alma doente.

Não precisamos ser sérios em relação a nada nesse mundo.

Existem apenas três coisas que acontecem em sua vida. Uma já aconteceu, e você não pode fazer nada a respeito – seu nascimento. A outra é a morte; e apesar de ainda não ter acontecido, você não pode fazer nada a respeito. Então, esqueça essas duas coisas completamente, elas estão além do seu controle. Entre essas duas coisas, restam a vida, o amor e a alegria.

Um homem que está vivo não pode ser oprimido com tanta facilidade. Um homem que ama tem uma clareza de visão e não consegue ser enganado por nenhum político. E um homem que sabe ser descontraído não será encontrado em nenhuma igreja, em nenhum templo, em nenhuma mesquita, em nenhuma sinagoga. Esses são lugares nos quais as pessoas vão quando morrem antes da sua morte – aqueles que têm algo contra a vida, contra o amor, contra a descontração, contra a alegria, contra o universo todo. Mas se você está cego devido a essas condições, então vai começar a reprimir dentro de si mesmo qualquer possibilidade que o deixe mais vívido, mais carinhoso, mais alegre, mais feliz. É uma luta entre você e todo o seu passado. O passado é longo; está em suas raízes. Mas se você prestar bastante atenção, ainda há tempo para sair da rede, das cadeias do passado.

Um homem que está livre de seu passado é o único homem que está livre para viver no presente. E uma coisa estranha deve ser lembrada: o homem que se livra do passado, como se fosse absolutamente novo e recentemente também se livrará do futuro.

O futuro é uma projeção do passado. O passado existe , assim como o futuro ainda não existe – mas o passado lhe dá ambições e desejos, e todos os tipos de idéias idiotas de ganância e desejo. Automaticamente, você começa a olhar para o futuro como um refúgio.

E a realidade é constituída apenas pelo agora, pelo presente. Não tem nada a ver com o passado e nada a ver com o futuro. Está tão concentrada neste momento que, se você puder estar nesse momento, tudo o que estiver procurando será realizado.

Este momento é a porta para o divino.

Meu esforço aqui é tirar toda a minha gente do passado e do futuro e deixa-la disponível para a intensa beleza do presente.

Viva cada momento retirando o passado constantemente, como o pó que se acumula sobre o espelho. Um homem que está satisfeito no presente nunca se preocupará com o futuro. Você pensa no futuro, porque seu presente é triste, você está angustiado. Para evita-lo, para não vê-lo, você se volta para objetivos distantes. Esses objetivos nunca serão realizados. Você ficará viciado por ambições e objetivos; mas lembre-se: onde você estiver, sempre será o presente, nunca o futuro.

Ao esquecer de viver o presente, você já está morto. Não importa que possa levar sessenta, setenta ou oitenta anos para você ser enterrado ou cremado em uma pira fúnebre – mas você terá morrido muito antes. No momento em que você perde o contato com o presente, sua morte acontece. Mas se conseguir reestabelecer o contato, a ressuscitação torna-se possível. Apenas o presente pode dar a você o espaço para relaxar e não forçar nada. É o passado que lhe dá ideais e moralidades contra a sua natureza; ela é tão grande e tão imensa que você é apenas uma pequena gota no oceano da natureza. A pequena gota não pode lutar contra o oceano. É preciso apenas relaxar e unir-se a ele.

A meu ver, um autêntico sannyasin, uma pessoa à procura da verdade, é uma pessoa que procura no presente. Você está perguntando: “Por que eu sempre estou forçando situações de acordo com minha vontade?” Essas são idéias estúpidas que lhe deram. Você não tem nenhuma vontade; a simples idéia da força de vontade é uma falsidade. A vontade pertence à existência. Você pode participar dessa vontade se deixar de lado sua personalidade, sua separação; você terá a vontade universal dentro de si. Você não tem vontade própria; mas é muito bom para seu ego quando as pessoas dizem que você é um homem de muita vontade.

O que é um homem? Apenas um punhado de poeira... Sim, algo também está presente dentro dessa poeira, mas não pertence a você. Pertence à totalidade.

Em segundo lugar, por que você está forçando situações ? Nunca viu um riu descendo pela montanha? Ele vem de altos picos, onde a neve nunca se derreteu, passando por vales, passando por território desconhecido. Para onde o rio está indo? Está completamente relaxado, sem nenhum objetivo que possa torna-lo tenso, sem nenhum lugar pra chegar. A cada momento, está aproveitando as árvores pelas quais passa, a montanha pela qual está descendo. E um dia, todos os rios, sem exceção, chegam ao mar.

Mas nem todo os homens têm tanta sorte. A maioria se perde no deserto e evapora em uma pira fúnebre. Apenas alguns sortudos, os abençoados, chegam ao oceano. O segredo é tao simples e tao óbvio, que , por isso mesmo, você não vê.

Quem é você para forçar situações? Que poder você tem de forçar situações? As situações estão vindo da existência. O caminho mais inteligente é estar de acordo com elas, não em desacordo. Se estiver de acordo, você pode percorrer essas situações; mas quando começa a lutar... Você é tão minúsculo e o universo é tão vasto, que não resta qualquer possibilidade de vitória. E , então , a frustação surge. Em seguida vêm a tristeza, a agonia e o sofrimento.

Seja como uma nuvem branca passando pelo céu sem nenhuma pretensão de chegar a lugar algum. Não há necessidade, você já está lá. O que mais você quer? E se o vento está indo em direção ao sul, a nuvem branca vai para o sul. Cada momento que flutua no alto, no ar, no céu é tão extasiante que, quem se importa se a direção é norte , sul, leste ou oeste? E se, de repente, o vento muda e começa a soprar em direção ao norte, a nuvem não reclama; ela não diz que isso é ilógico. “Estávamos indo para o sul e de repente, sem nenhuma razão aparente, vocês começaram a soprar para o norte de novo.” Sem nenhuma resistência, a nuvem simplesmente começa a seguir a direção para a qual o vento a leva. Não existe conflito entre a nuvem e o vento.

E isso deveria ser o ponto de vista de todas as pessoas que procuram a verdade: nenhum conflito com a natureza, nenhum conflito com a sua existência, e toda a sua tristeza, tensão, angústia, e raiva, desaparecerão sozinhas. Elas são suas criações. É claro que você não é totalmente responsável, elas são a herança de um passado longo, feio e nada natural.

Que tipo de situações você tenta mudar? O amor surge em seu coração, mas a sociedade diz que o amor é cego, esteja atento. É paixão; é um tipo de escravidão e você se arrependerá, por isso é melhor não permitir tais coisas desde o princípio.

E sua cabeça fica repleta desse tipo de moralidade, puritanismo, e você começa a brigar com seu coração.

Sua cabeça e seu coração não estão juntos, esse é o problema.

Sua cabeça está repleta de todos os tipos de insensatez que não pertencem a você. Foram dados a você por seus pais, pela sua sociedade, pelos seus professores, pelos seus sacerdotes, pelos seis políticos. Você tem a cabeça repleta de todos os tipos de porcarias, e essa cabeça tenta dominar seu coração, o qual não pode ser distorcido ou contamindado por nada.

Essa é a única esperança para o homem – escutar seu coração e segui-lo. Então, sua vida se tornará uma peregrinação alegre. Todos os métodos de meditação que eu ensino a você... em resumo, podemos dizer que eles estão levando você da cabeça ao coração, da lógica ao amor, do ego à ausência de ego, de sua separação a uma profunda integração com o todo.

O todo tem um bom conhecimento – e o todo nada sabe a respeito de seus ideais, o todo nada sabe a respeito de suas moralidades e conceitos a respeito do que é certo e do que é errado. Mas o milagre é que, quando você se funde com o todo, tudo é certo e tudo é bom, e tudo é belo."

Osho- Viva ao máximo!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pensamento ...


"Meditação não é algo novo. Você veio com ela para o mundo. A mente é algo novo. Meditação é a sua natureza, é o seu próprio ser. Como ela pode ser difícil? "

Osho

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Alu matar rasedar


(para 6 pessoas)
Ingredientes:

  • 700 g de ervilhas frescas
  • 350 g de batata
  • 1 cebola grande
  • 3 tomates médios
  • 4 dentes de alho
  • 1 malagueta verde
  • 8 g de cúrcuma em pó
  • 12g de gengibre
  • 45g de coentro picado
  • 100ml de água
  • 3 colheres de sopa de óleo
  • sal
Frite a cebola picada fina com o óleo em fogo baixo até começar ficar transparente. Acrescente gengibre descascado e picado bem fino, a malagueta picada e os dentes de alho amassados num pilão pequeno. Misture e salteie por 10 min, em fogo bem baixinho, mexendo sem parar.
Junte os tomates sem pele, sem sementes e picados e refogue por 5 minutos. Tempere com cúrcuma e sal. Adicione as batatas descascadas e cortadas em quadradinhos e a àgua. Tampe e deixe cozinhar por 10 min. em fogo baixo.

Adicione as ervilhas, um pouco de água e coentro. Tampe e deixe cozinhas até que fiquem macias (10, 15 min). O ensopado deve ficar com pouco caldo.

O normal é servir o prato com pão indiano , tipo chapati, roti ou pooris.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Samosa - Pastéizinhos de legumes


Ingredientes (para 6 pessoas):

  • 1 1/2 xícara de farinha de trigo
  • 2 batatas médias
  • 1 cebola picada
  • 1 xícara de ervilha
  • 1 xícara de gengibre picado fino
  • 1 colher de sobremesa de sementes de coentro
  • 1/2 colher de sobremesa de pimenta-caiena
  • 1 colher de sobremesa de semente de mostarda
  • 1 colher de sobremesa de semente de cominho
  • 1 colher se sobremesa de suco de limão
  • 6 folhas de coentro
  • 2 colheres de sopa de manteiga
  • óleo
  • sal
Modo de preparo:

  1. Coloque a farinha numa travessa funda. Faça um buraco e acrescente sal, manteiga derretida e colheres de água. Amasse durante 10 minutos até ficar uniforme e não grudar nas mãos. Tampe com um pano úmido e coloque num local de temperatura morna.
  2. Frite a cebola com 3 colheres de óleo, acrescente gengibre, ervilhas, pimenta, coentro (moído), sal e refogue por 3 minutos. Adicione batatas cozidas sem pele , cortada em quadradinhos, as folhas de coentro, as sementes de mostarda, de cominho e o suco de limão. Cozinhe 5 minutos em fogo baixo. Retire e deixe esfriar.
  3. Divida a massa em bolas do tamanho de uma noz. Estique cada bola com um rolo de massa e recorte em forma de quadrado. Coloque um pouco de recheio no centro, molhe as beiradas usando um pincel com água. dobre na diagonal e una, pressionando com os dedos. Frite em óleo quente até que fique dourada. Escorra sobre um papel absorvente e sirva. :)


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Receita: Masala


Ingredientes:

  • 4 colheres de sopa de coentro em grão
  • 2 colheres de sopa de cominho em grão
  • 2 colheres de sopa de pimentas-do-reino em grão
  • 2 colheres de sobremesa de sementes de cardamomo
  • 1 colher de sobremesa de cravo da índia.
  • 1 malagueta seca
  • 2 paus de canela
  • 1 folha de louro
  • 1 colher de sobremesa de noz moscada ralada.
Torre as especiarias todas juntas. Mantenha em fogo médio por 3 minutos, mexendo para ficarem uniformes. Deixe esfriar sobre um papel absorvente e em seguida triture-as num moedor ou pilão pequeno até que se transformem em pó.

(pode ser conservado por até 1 mês em um recipiente fechado.)

Cozinhas da Índia - Parte 4



A mistura de frutas, hortaliças e ervas aromáticas cria dois tipos de molhos: chutney e achars.

Não é fácil imaginar uma mesa indiana sem a presença do chutney, o molho agridoce por excelência. Preparado com frutas e especiarias, cada colherada oferece um sabor novo e surpreendente. Podemos encontrar muitos tipos, elaborados com tamarindo, coco, tâmara, tomate, menta, mas a mais popular é a manga.

Os molhos indianos também permitem combinações fora desse padrão, como as de iogurte e tomate.

Já os achars são preparados com hortaliças ou frutas convervadas em suco de vinagre.

Pra finalizar, falemos sobre varak: lâminas de ouro ou prata muito finas que a cozinha indiana adiciona em alguns pratos (sobremesas, arroz, curries). É um condimento de luxo e uma homenagem ao convidado. Além de ser um produto exótico, estas lâminas são uma obra-primado artesanato local. Com um grama de metal e um pequeno martelo, o artesão consegue folhas tão finas que se desfazem com um simples toque.

Esperam que tenham gostado das explicações e curiosidades dessa culinária tão rica. :)

Nos próximos posts, algumas receitinhas pra vocês treinarem em casa !

Namaste ^.^

Cozinhas da Índia - Parte 3


Além de usarem e criarem especiarias com muita criatividade, os indianos também utilizam de modo particular os produtos derivados do leite, aos quais o hinduismo atribui um considerável valor, pois tem-nos como elementos capaz de reforçar a espiritualidade do indivíduo. O fato é que a presença de raita, da ghee e do panir se estende por toda a gastronomia.

A ghee e o raita dividem a importância. A ghee é a manteiga clarificada, que utilizam para fritar e como condimento. O raita é um molho de iogurte misturado com especiarias e produtos vegetais, usado em muitos pratos para diminuir o sabor apimentado.

Por fim, encontramos o panir, um produto parecido com um requeijão, que se prepara em casa. Tem também o koya, o leite coagulado (texturizado), feito com uma técnica milenar, usado em sobremesas e no preparo de alguns tipos de curry.

Até o dal (lentilhas) e chana (grão-de-bico), contribuem com seu sabor, em ensopados e frituras, mas especialmente no preparo de pães indianos: os rotis e os nan. Estes pães àzimos têm formas muito diferentes, sendo a do chapati a mais popular.

Os pães hindus podem ser como chapati (leves, macios), como rumali-roti (lâminas finas e crocantes) ou como nan (macio, triangular).

No próximo post falaremos sobre os molhos :)


Namaste ^.^

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cozinhas da Índia - Parte 2


Como acontece em todas as cozinhas de regiões pelo calor intenso e a umidade, as especiarias têm um importante papel. As pimentas e o alho, conservantes naturais, aumentam o período de vida dos alimentos e quando isso já não é possível, protegem o organismo do ataque bacteriológico provocado pela decomposição dos produtos. Os aromatizantes, aliados indispensáveis, dissimulam e corrigem sabores e odor de alimentos não muito frescos.

Cultivam todos os tipos de pimentas, incorporam nas receitas produtos como a assa-fétida (uma resina vegetal com aroma desagradável) e sementes como a do pepino amargo, da carambola... Qualquer planta, raiz, semente, casca, fruto ou hortaliça que caia nas mãos dos cozinheiros indianos, é transformada em condimento.

Um dos mais usados é o gengibre fresco, juntamente com o cardamomo, cominho, sementes de coentro, cravo e canela. Utilizam muito também o feno-grego, noz moscada, pimenta do reino, menta, hortelã, sementes de mostardae o tamarindo.
Mas acima de todos estes ainda temos o açafrão e a cúrcuma.

O curry não é encontrado em nenhum canto da Índia. O que os hindus chamam de curry por lá, é um ensopado, com legumes podendo ter carne ou peixe, e muitas especiarias.

Muito usada na Índia, a masala é uma requintada mistura de condimentos, ervas, plantas aromáticas, que chega a incluir até 30 ingredientes. Quando essas especiarias são torradas, recebem o nome de garam masala, juntando ao prato nos últimos minutos da preparação.

Os indianos cozinham de diversas maneiras, uma delas é a tikka(técnica de se cozinhar na grelha) ou com tandoori, ramo bastante popular na Índia em que a carne ou o peixe são marinados no iogurte antes de serem assados num forno de argila chamado tandoor.

Não podemos esquecer o panch, outra mistura mais conhecida na cozinha bengali, ou o paan, que se mastiga depois da refeição. (com propriedades digestivas e refrescantes).

Continuaremos no próximo post , falando sobre a importância dos laticínios para os indianos.

Namaste :)

As Cozinhas da Índia


Existem mais de um bilhão de habitantes ao longo dos 3.300.000 quilômetros quadrados, que atravessam todas as paisagens possíveis, desde a cordilheira do Himalaia até a costa de Tuticorin, no extremo sul da Índia. Além disso, um litoral de 7.000 quilômetros. Estamos num país com cem dialetos, mil religiões e dois mil deuses diferentes. É possível, inclusive, que nos encontremos no único país capaz de encerrar um milhão de aromas numa cozinha que reúne luxo e facilidade, combinações que demosntram uma fantástica capacidade de sutileza e sedução.

A gastronomia hindu está tão marcada ela exibição aromática como pelo peso das correntes religiosas que convivem naquele território: hindus, budistas, cristãos, muçulmanos, judeus e jaínistas, criam uma dinâmica em que se estabelece uma estreita relação entre espiritualidade e comida.

Não se pode esquecer a influência da colonização britânica, ainda que o normal, nestes casos, seja os colonizadores deixarem muito menos do que aquilo que levam consigo.

Da Índia, herdaram referências notáveis como o curry, o chutney, o molho worcester, recriado a partir de um antigo condimento da zona de Bengala.

Bom, essa foi a primeira parte do tema abordado. Vou passar receitas típicas e falar mais um pouco sobre a culinária indiana.

Namaste :)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Assistam esse vídeo, tem uma mensagem muito linda!

http://www.youtube.com/watch?v=u700nK4ESxc&feature=player_embedded

Feliz Páscoa a todos, muita luz, paz e que as pessoas realmente entendam o verdadeiro sentido desses dias, que não se resume a deixar de comer carne por um dia apenas, ou passar os dias todos passeando , aproveitando o feriado.


Namaste!


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Purgação Mental

A psicanálise do Yoga é o melhor remédio contra o sofrimento


"Para a psicanálise, o nível consciente da mente inibe e reprime a manifestação de certas tendências, impulsos instintivos e certos conteúdos dos níveis ocultos. A psicologia hindu, precursora da psicanálise, diz exatamente o mesmo: vasanas (desejos, necessidades, tendências e motivações profundas) e samskaras (impressões, conteúdos representativos) jazem operantes e potentes no inconsciente. Conforme sejam vasanas e samskaras, assim somos nós; assim é nosso destino. O que pensamos, sentimos, fazemos, tudo decorre de samskaras e vasanas. Esses componentes de nosso ser profundo ali foram acumulados por nossas ações passadas. Conforme tenham sido, puras ou impuras, positivas ou negativas, por nós ou contra nós, construtivas ou destrutivas- haverá saúde, paz, felicidade, alegria ou doença, desventura ou ansiedade. Se no passado vivemos inconsequentemente acumulando conteúdo nefasto, hoje padecemos o resultado disso, pois "quem planta, colhe". Assim é que somos consequências do que fomos. Podemos também dizer que fizemos agora o que amanhã seremos. Tal é a chamada lei de karma.

De tudo isso se conclui que o melhor remédio contra o sofrimento, inclusive angústia, é a anulação das sementes nefastas, vasanas e samskaras, deletérios que se acham nos planos ignotos da mente. Em resumo, esse é o método "psicanalítico" hindu. Um dos métodos de conquistar a mente. Esse é o fundamento da Ashtanga Yoga ou Raja Yoga, que consiste em esterilizar as sementes daninhas a fim de não virem a germinar sofrimentos. As vasanas e samskaras que por quaisquer métodos, são tornadas infecundas, inoperantes, ao mesmo tempo que nos redime das consequências do passado, tornam possível o êxtase transcedente (samadhi), que por sua vez abre as portas à Realidade.

A tática militar considera fator da vitória o conhecimento do inimigo. A ciência médica acha que um exato diagnístico já é, em si, meio caminho andado na terapêutica. A psicanálise, por sua vez, fundamenta seu tratamemento na identificação de motivos profundos e ignotos, escondidos desde os dias esquecidos da infância. Vichara é a "psicanálise" do Yoga. É com esse descortinar das regiões abissais da mente que chegamos a conhecer nossas tendências, impulsos, impressões, registros, clichês inconscientes, e desse conhecimento advém a libertação."

Hermógenes, Livro Yoga para nervosos, pg. 418
" Diz-se de quem ultrapassou as qualidades quem, sentindo o efeito que as qualidades produzem - percepção, ação ou ilusão - não lhe repugnam os maus frutos advindos nem anseia pelos bons frutos frustados"


Krisha (B. Gita, cap. XIV, 22)
"Quando estamos relaxados no asana, nos movemos para fora mas ao mesmo tempo estamos centrados; a execução é externa, e a penetração, interna. Foi isso que Patanjali quis dizer no segundo sutra sobre o asana, ao afirmar: 'Atinge- se a perfeição quando o esforço para executá-lo se torna sem esforço e o ser infinito interior é alcançado.'"


B.K.S. Iyengar