quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Para iniciar bem o seu dia ...


Se você é uma daquelas pessoas que, ao acordar, demoram a sair da cama e depois que levantam levam algum tempo para entrar no ritmo, talvez esteja faltando energia para começar bem o dia. Às vezes, a causa está em uma noite maldormida, outras vezes pode ser cansaço ou preocupação. Alguns rituais podem ajudar o corpo e a mente a despertarem com mais disposição, como certas posturas de Yoga, pranayamas (exercícios respiratórios) e rotinas ayurvédicas.A professora de Yoga Maria Laura Packer, da Casa de Yoga Shanti OM, de Joinville (SC), explica que acordar bem é tão importante quanto dormir bem. “Quando acordamos, o organismo necessita eliminar as toxinas que durante a noite ficaram retidas por falta de mobilidade física. O período da manhã é quando os órgãos de eliminação do corpo (intestino, rins, bexiga, fígado, pulmões e pele) necessitam ser estimulados para que a eliminação das toxinas ocorram.” Segundo ela, as dores do corpo que sentimos logo cedo, quando acordamos, devem-se, em grande parte, ao acúmulo de toxinas que estão retidas, por isso é necessário fazer alguns exercícios para preparar-se para um novo dia. Como a maioria das pessoas não tem tempo, vamos ensinar algumas rotinas para fazer entre 30 a 40 minutos. Levantar um pouco mais cedo não sacrificará seu sono, pois depois desse ritual, você estará muito mais bem-disposto.MeditaçãoO professor de Yoga Edi Lisboa, do Rio de Janeiro (RJ), tem seu ritual próprio ao levantar da cama. “Pela manhã, normalmente antes de iniciar a prática, tenho por costume tomar um banho frio, para ficar desperto. Depois, faço alguns exercícios respiratórios e, na sequência, medito por 40 minutos, com um mantra.” Edi recomenda uma meditação chamada japa (repetição de um mantra), com um número determinado de repetições. Para iniciantes, o ideal é começar com 27, e progressivamente ir aumentando (somando-se + 27), até alcançar 108 repetições. Você pode usar o cordão de 108 contas chamado japamala para controlar a contagem. Isso pode ser feito, por exemplo, com o mantra Om, que é de fácil verbalização e não vai demandar muito tempo para sua execução. “A opção por este mantra é porque ele nos conecta com a nossa natureza essencial, ou seja, aquilo que tanto buscamos: paz, conforto, tranquilidade. Feito pela manhã, nos dá disposição e bem-estar para o dia”, ensina. A repetição em si já pode ser considerada uma forma de meditação. Ao final da recitação (em ritmo pausado), pode-se ainda observar, por um minuto, os efeitos sobre as emoções, o fluxo dos pensamentos e a concentração natural que ocorre após a recitação. AyurvedaErick Schultz, diretor do Instituto Naradeva Shala e vice-presidente da Associação Brasileira de Ayurveda, comenta que devemos antes prestar atenção à qualidade do sono para levantar bem-disposto. “O acordar bem começa com um sono adequado, que depende de muitos fatores, como alimentação, meditação, banho”, explica. A nossa rotina diária consciente no Ayurveda chama-se dinacharya. Além das práticas de Yoga, pranayama e meditação, o terapeuta recomenda um ritual de devoção, que pode ser uma prece ou um mantra — dependendo da sua religião — e fazer uma automassagem antes de dormir e ao acordar.O Ayurveda prega que a primeira coisa que ingerir pela manhã influenciará o seu humor durante o dia todo. Com isso em mente, beba um copo de água morna com um pouco de suco de limão espremido. A água morna serve para estimular o trato gastrointestinal e a peristalse (ondas de contrações do músculo nas paredes intestinais que movem seu conteúdo para a frente). Essas frutas também são ricas em minerais e vitaminas que ajudarão a eliminar ama (toxinas) do trato digestivo.


Segue uma prática de Yoga, simples e curta, porém eficaz para ser realizada logo cedo ao acordar.


Bhastrika Pranayama (respiração do fole) Sente-se em uma postura confortável, com a coluna ereta. Dilate o abdome inspirando lentamente e contraia o abdome expirando. Repita este ciclo vagarosamente por dez vezes, até que possa coordenar o movimento do abdome com a respiração, que deve ser para fora na inspiração e para dentro na expiração. Após entrar nesse ritmo, passe a respirar de forma mais vigorosa e rápida, mas mantendo a profundidade e o ritmo. O ar entra ativo e sai ativo, gerando calor, oxigenando as células, estimulando o fogo digestivo e melhorando a disposição do corpo para a eliminação das toxinas. (Faça três ciclos de 27 respirações cada.)


Surya Namaskar (Saudação ao sol) Esta série tem o poder de fortalecer as funções metabólicas por uma série de estímulos em todos os sistemas orgânicos. Gera vitalidade física e mental, mobiliza a circulação e elimina as tensões musculares e nervosas. Faça três ciclos.


Halasana (postura do arado)Deite-se de costas no mat. Estenda os braços ao longo do corpo. Expire e jogue as pernas para trás. Tente manter o tronco perpendicular ao solo. Estenda bem as pernas e coloque os dedos dos pés no chão, ficando dobrado para trás. Tente levar seu quadril mais para cima. Se quiser, pode colocar as mãos no chão. Mantenha a postura por algumas respirações.


Paschimottanasana (postura da pinça)Sente-se com os ísquios bem apoiados no chão e as pernas estendidas à frente. Ajeite-se até ficar bem encaixada na posição, com a coluna ereta. Flexione o quadril à frente, tentando alcançar os pés com as mãos. Leve a lombar em direção às coxas e não apenas o peito. Tente encostar a cabeça nos joelhos. Mantenha a postura por algumas respirações.Benefícios das posturas: o rolamento da coluna é altamente favorável para tonificar o sistema nervoso central, eliminar tensões localizadas nas costas, mobilizar a flexibilidade da coluna e gerar disposição em todo o corpo.



Matéria retirada da PYJ. Edição 29

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Kapalasana


A postura, cujo crânio toca o solo, é um treino de humildade, de diminuição da arrogância intelectual. O altivo crânio toca o mundano chão. Isso o põe numa dimensão mais humana e temporal, o que leva (a meu ver) a reflexão sobre a duração da existência, por isso é comum também o medo nessa postura. Ser humilde e mortal provoca medo e é um bom trabalho buscar o equilíbrio para ambos, a kapalasana pode ser uma opção para esse trabalho. Importante:Segundo Desikachar, é essencial que o yoga seja adaptado a cada um, viniyoga (yoga sUtra III.6). Para isso é importante, que para essa postura, que lida com aflições primordiais como medo da morte, abhinivesha [abhinivesha] (yoga sUtra II.9), seja respeitado não só a preparação física de fortalecimento de músculos, mas também a preparação psicológica para alcançar tal postura.

Variações:Iyengar chama essa postura de shalambashirshasana II [sAlamba shIrSAsana] – a postura do suporte sobre a cabeça e faz parte de um ciclo de posturas com o apoio sobre a cabeça, com inúmeras variações. Costumamos treinar primeiramente com a postura chamada de delfim onde a posição da cabeça e das mãos são as mesmas dessa versão, mas não se retira o pés do solo. Apenas, se caminha em direção a cabeça, se retifica a coluna e assim se permanece. Depois se pode treinar próximo a parede para ganhar confiança, que na hora do equilíbrio serve de apoio. Há também a versão da kapalasana, cujo joelhos se apóiam sobre os braços, quando essa está dominada, completa-se a postura elevando as pernas.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Postura do Gato


Uma postura simples, de fácil execução, recomendada a pessoas de todas as idades, com contra-indicação apenas para quem tem problemas na lombar e nos joelhos. O Marjaryasana é a Postura do Gato e serve como ponto de partida para outros asanas e variações de equilíbrio.Essa postura clássica requer alguns cuidados, como afirma o professor de Yoga Julio Fernandes. “O encaixe do quadril deve ser perfeito com o recolhimento abdominal para a lombar não ficar vulnerável, e a coluna sempre precisa se manter na linha horizontal”. Para o alinhamento ficar correto, Julio diz que “cobertores, almofadas e até mesmo cadeiras acolchoadas ajudam a posicionar o abdômen e manter a coluna adequada”.O tempo recomendado para a execução do asana é de um a dois minutos, mas variações podem ser feitas. “A respiração é livre, ou seja, pode ser baixa, média, alta ou completa. Como essa postura é básica, a elevação alternada de braços e pernas também pode ser acrescentada para proporcionar mais equilíbrio e relaxar a coluna”, afirmou Julio.Alguns grupos musculares são fortalecidos com a Postura do Gato. “Braços, bíceps, tríceps, deltóides e trapézio têm boa resposta quando você consegue distribuir seu peso para a palma da mão e para os dedos. A consciência faz com que você não sobrecarregue o seu punho e trabalhe os grupos musculares. Essa é a biomecânica do asana”, explicou Julio.Além de aliviar cólicas menstruais, esse exercício é recomendado às gestantes, às pessoas da terceira idade e pacientes em pós-cirúrgico que perderam massa muscular. “É indicado para todas as idades, ótimo para toda a região pélvica, pois alivia os gases intestinais. Para quem é totalmente leigo, basta respirar profundamente e devagar, pois junto com as variantes todos os órgãos internos serão massageados. Para quem perdeu massa muscular com cirurgias, esse é um meio de resposta. Essa prática também é muito interessante para os corredores e nadadores, devido ao fortalecimento na coluna e nos braços”, completou Julio.

Marjaryasana (Postura do Gato) Comece com suas mãos e joelhos na posição de “mesa”. Tenha certeza que seus joelhos estão na linha dos quadris e seus pulsos, cotovelos e ombros perpendiculares ao chão. Centralize sua cabeça em uma posição neutra, com os olhos voltados para o chão. Quando expirar, levante sua coluna em direção ao teto, mas mantenha os ombros e os joelhos na posição inicial. Solte sua cabeça em direção ao chão, mas não force o queixo no peito. Inspire, retorne à posição inicial de “mesa” sobre suas mãos e joelhos.

Dicas da postura Manter os braços em posição vertical, olhando para baixo, é importante. O rosto deve permanecer na linha das mãos e o peso do corpo fica igualmente distribuído entre a palma e os dedos das mãos para não sobrecarregar os punhos. Soltar a cintura, girar os calcanhares e contrair o abdômen são variações comuns dessa postura. Ao inspirar, afunde a coluna e olhe para o teto. Ao expirar, volte a coluna ao alinhamento e encoste o queixo no peito. Para fazer a postura, imagine-se como um gato. Apóie as mãos abertas no chão, os joelhos e os pés e tente sincronizar a respiração com os movimentos.-->


PYJ # 20/10/08

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Como Ganesha obteve sua cabeça de elefante?


A mais conhecida história é provavelmente aquela encontrada no Shiva Purana. Uma vez, quando sua mãe Parvati queria tomar banho, não havia guardas na área para protegê-la de alguém que poderia entrar na sala. Então ela criou um ídolo na forma de um garoto, esse ídolo foi feito da pasta que Parvati havia preparado para lavar seu corpo. A deusa infundiu vida no boneco, então Ganesha nasceu. Parvati ordenou a Ganesha que não permitisse que ninguém entrasse na casa e Ganesha obedientemente seguiu as ordens de sua mãe. Dali a pouco Shiva retornou da floresta e tentou entrar na casa, Ganesha parou o Deus. Shiva se enfureceu com esse garotinho estranho que tentava desafiá-lo. Ele disse a Ganesha que ele era o esposo de Parvati e disse que Ganesha poderia deixá-lo entrar. Mas Ganesha não obedecia a ninguém que não fosse sua querida mãe. Shiva perdeu a paciência e teve uma feroz batalha com Ganesha. No fim, ele decepou a cabeça de Ganesha com seu Trishula (tridente). Quando Parvati saiu e viu o corpo sem vida de seu filho, ela ficou triste e com muita raiva. Ela ordenou que Shiva devolvesse a vida de Ganesha imediatamente. Mas, infortunadamente, o Trishula de Shiva foi tão poderoso que jogou a cabeça de Ganesha muito longe. Todas as tentativas de encontrar a cabeça foram em vão. Como último recurso, Shiva foi pedir ajuda para Brahma que sugeriu que ele substituísse a cabeça de Ganesha com o primeiro ser vivo que aparecesse em seu caminho com sua cabeça na direção norte. Shiva então mandou seu exército celestial (Gana) para encontrar e tomar a cabeça de qualquer criatura que encontrarem dormindo com a cabeça na direção norte. Eles encontraram um elefante moribundo que dormia desta maneira e após sua morte, tomaram sua cabeça, e colocaram a cabeça do elefante no corpo de Ganesha trazendo-o de volta à vida. Dali em diante ele é chamado de Ganapathi, ou o chefe do exército celestial, que deve ser adorado antes de iniciar qualquer atividade.

O Rato - veículo de Ganesha


De acordo com uma interpretação, o divino veículo de Ganesha, o rato ou mushika representa sabedoria, talento e inteligência. Ele simboliza investigação diminuta de um assunto difícil. Um rato vive uma vida clandestina nos esgotos. Então ele é também um símbolo da ignorância que é dominante nas trevas e que teme a luz do conhecimento. Como veículo do Senhor Ganesha, o rato nos ensina a estar sempre alerta e iluminar nosso eu interior com a luz do conhecimento.
Ambos Ganesha e Mushika amam modaka, um doce que é tradicionalmente oferecido para os dois durante cerimônias de adoração. O Mushika é normalmente representado como sendo muito pequeno em relação a Ganesha, em contraste para as representações dos veículos das outras divindades. Porém, já foi tradicional na arte Maharashtriana representar Mushika como um rato muito grande, e Ganesha estando montado nele como se fosse um cavalo.
Outra interpretação diz que o rato (Mushika ou Akhu) representa o ego, a mente com todos os seus desejos, e o orgulho da individualidade. Ganesha, guiando sobre o rato, se torna o mestre (e não o escravo) dessas tendências, indicando o poder que o intelecto e as faculdades discriminatórias têm sobre a mente. O rato (extremamente voraz por natureza) é habitualmente representado próximo a uma bandeja de doces com seus olhos virados em direção de Ganesha, enquanto ele segura um punhado de comida entre suas patas, como se esperando uma ordem de Ganesha. Isto representa a mente que foi completamente subordinada à faculdade superior do intelecto, a mente sob estrita supervisão, que olha fixamente para Ganesha e não se aproxima da comida sem sua permissão.

A presa quebrada de Ganesha




A presa quebrada de Ganesha, simboliza inicialmente sua habilidade de superar ou "quebrar" as ilusões da dualidade. Porém, existem muitos outros sentidos que têm sido associados a este símbolo.
Um elefante normalmente tem duas presas. A mente também freqüentemente propõe duas alternativas: o bom e o mau, o excelente e o expediente, fato e fantasia. A cabeça de elefante do Senhor Ganesha porém tem apenas uma presa por isso ele é chamado "Ekadantha," que significa "Ele que tem apenas uma presa", para lembrar a todos que é necessário possuir determinação mental.
(Sathya Sai Baba)

Atributos de Ganesha


Cada elemento do corpo de Ganesha tem seu próprio valor e seu próprio significado:
A cabeça de elefante indica fidelidade, inteligência e poder discriminatório;
O fato dele ter apenas uma única presa (a outra estando quebrada) indica a habilidade de Ganesha de superar todas as formas de dualismo;
As orelhas abertas denotam sabedoria, habilidade de escutar pessoas que procuram ajuda e para refletir verdades espirituais. Elas simbolizam a importância de escutar para poder assimilar idéias. Orelhas são usadas para ganhar conhecimento. As grandes orelhas indicam que quando Deus é conhecido, todo conhecimento também é;
A tromba curvada indica as potencialidades intelectuais que se manifestam na faculdade de discriminação entre o real e o irreal;
Na testa, o Trishula (arma de Shiva, similar a um Tridente) é desenhado, simbolizando o tempo (passado, presente e futuro) e a superioridade de Ganesha sobre ele;
A barriga de Ganesha contém infinitos universos. Ela simboliza a benevolência da natureza e equanimidade, a habilidade de Ganesha de sugar os sofrimentos do Universo e proteger o mundo;
A posição de suas pernas (uma descansando no chão e a outra em pé) indica a importância da vivência e participação no mundo material assim como no mundo espiritual, a habilidade de viver no mundo sem ser do mundo.
Os quatro braços de Ganesha representam os quatro atributos do corpo sutil, que são: mente (Manas), intelecto (Buddhi), ego (Ahamkara), e consciência condicionada (Chitta). O Senhor Ganesha representa a pura consciência - o Atman - que permite que estes quatro atributos funcionem em nós;
A mão segurando uma machadinha, é um símbolo da restrição de todos os desejos, que trazem dor e sofrimento. Com esta machadinha Ganesha pode repelir e destruir os obstáculos. A machadinha é também para levar o homem para o caminho da verdade e da retidão;
A segunda mão segura um chicote, símbolo da força que leva o devoto para a eterna beatitude de Deus. O chicote nos fala que os apegos mundanos e desejos devem ser deixados de lado;
A terceira mão, que está em direção ao devoto, está em uma pose de bênçãos, refúgio e proteção (abhaya);
A quarta mão segura uma flor de lótus (padma), e ela simboliza o mais alto objetivo da evolução humana, a realização do seu verdadeiro eu.

Jay Ganesha!


Nos próximos dias a Índia comemora o Ganesha Sahturthi, festa da deidade hindu Ganesha. A festa celebra o seu aniversário e é realizada no quarto dia de lua crescente, seguindo o calendário védico lunar, que geralmente acontece no final de agosto e início de setembro.A comemoração dura cerca de dez dias e, no último dia de festa, estátuas de Ganesha são imersas na água. Anteriormente as celebrações eram familiares e privadas, e hoje se tornaram um grande evento público, que assume proporções enormes em Mumbai e no cinturão ao redor de templos como, por exemplo, o Ashtavinayaka. Segundo Júlio Gopala, diretor do Centro Sivananda, em Porto Alegre (RS), a festa de Ganesha traz uma energia positiva para nossa vida, já que a deidade representa a inteligência, a benevolência e a abundância. “Além disso, ele é o deus que desbloqueia nossa limitação, remove os obstáculos de nosso caminho e ativa a energia shakti”, afirma ele.Durante a comemoração é feito um puja, ritual que oferece todos os bons sentimentos dos participantes. Assim, há pétalas de flores, grãos de arroz, representando a natureza e tudo o que germina, além de incensos, frutas e doces. “Ganesha gosta muito de doces e durante a festa é tratado como um ser humano”, explica Gopala, que ainda fala sobre a quebra do coco feita na celebração. De acordo com ele, isso simboliza o rompimento do ego e a água do fruto é usada para banhar a deidade. O mantra Om Gam Ganapataye Namah é repetido 108 vezes no evento e os participantes devem usar roupas claras, preferencialmente brancas, já que são receptivas e renovam as energias. “Dessa forma, conseguimos elevar nossa consciência e praticamos o Bhakti Yoga”, ressalta Gopala.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Mais energia com Yoga


Ter mais energia para encarar o dia-a-dia é essencial para todos, principalmente para o praticante de Yoga, que pode se beneficiar de algumas posturas que dão mais vigor. .Segundo Anderson Allegro, professor de Power Yoga do Estúdio Aruna Yoga, em São Paulo, SP, a surya namaskar (saudação ao sol) ativa todo o corpo, revitaliza os chakras e ajuda a mover a linfa pelo corpo, eliminando assim a sonolência matinal. Para ter mais energia, o professor indica a salabhásana (postura do gafanhoto), pois “expande o peito estimulando a respiração, traz mais energia e elimina a fatiga mental. Ela desperta a coluna melhorando a postura geral porque a má postura torna a mente lenta e dispersa”, explica ele.A matsyásana (postura do peixe) também aumenta a amplitude da respiração e oxigeno o cérebro. “Estimula o timo, glândula associada ao sistema imunológico, o que aumenta nossa capacidade de nos proteger de gripes resfriados e viroses”, diz Anderson, que, além dos asanas, recomenda uma dieta vegetariana e leve, já que comidas pesadas nos tornam lentos e sem energia.Caso você não pratique Yoga, peça a orientação de um profissional.Segue uma sequência de posturas para dar mais disposição e vigor. Virabhadrasana : (postura do guerreiro I) Afaste as pernas mais ou menos cinco palmos de distância, gire o pé direito para fora e alinhe seu quadril com a parede a sua frente; o calcanhar esquerdo pode ficar fora do chão. Inspire, eleve os dois braços e girando as mãos para trás, com o objetivo de levar o osso externo na direção do céu, abrindo mais o coração. Expire, flexione a perna direita e veja se o ísquio direito está na mesma altura do joelho direito. Leve o baixo abdome para dentro e para cima. Mantenha a perna flexionada em um ângulo de 90 graus. Olhe para cima e respire profundamente 10 vezes. Troque o lado.

Virabhadrasana II(postura do guerreiro II)Afaste as pernas mais ou menos cinco palmos de distância, girando o pé direito para fora e alinhando o calcanhar direito com o meio do arco do pé esquerdo, flexione a perna direita mantendo o joelho em 90 graus, coxa direita paralela ao chão.Mantemos o olhar para a mão do mesmo lado da perna flexionada (a da frente). Experimente olhar para a mão da perna estendida (a de trás). Você naturalmente levará mais atenção para o outro lado do corpo, o que favorece a distribuição do peso entre os dois lados e o alinhamento vertical do tronco que, no geral, tende a se direcionar para a perna flexionada.Ustrasana(postura do camelo)Ajoelhe-se e coloque as mãos na cintura. Leve o cóccix para baixo e levante o peito. Arqueie para trás, continuando a levar o cóccix para baixo. Leve as mãos até os calcanhares e pressione-os para baixo para levantar o peito. Permaneça por 20 segundos. Para sair, coloque as mãos nos quadris, inspire e levante o esterno.

Urdhva mukha svanasana (postura do cachorro olhando para cima) Pressione as palmas das mãos no solo, alongue os braços e levante o peito, os quadris e o joelho. Gire os ombros para trás e levante a partir da base do esterno. Permaneça por um minuto.

Adho mukha svanasana (postura do cachorro olhando para baixo)Mãos afastadas na distância dos ombros e pés na distância dos quadris. Pressione a parte interna das mãos – a base dos indicadores, polegares e dedos médios – e a parte interna dos punhos no chão. Eleve os ísquios. Fique por 30 respirações. O objetivo da postura é criar muito espaço entre as vértebras, suavizando a lombar que já foi bem trabalhada.

Urdhva dhanurasana(postura do arco)Deite-se com a barriga para cima, flexione os joelhos e coloque os pés separados na distância do quadril perto dos glúteos. Coloque as palmas no mat por fora dos ombros com os dedos apontando em direção aos pés. Pressione e, em uma expiração, levante o corpo sem tirar os pés e as mãos do solo. Alongue os braços completamente para levantar a cabeça do chão. Permaneça por 20 segundos e volte lentamente.

Para finalizar alguma torção deitada simples e savasana (postura do cadáver).É importante destacar que como todas as posturas são de extensão, o praticante deve manter o osso púbico elevado e as coxas sempre girando forte para dentro, pois assim não há nenhum problema na lombar. Além disso, como a sequência é energizante, precisa ser feita durante o dia. -->

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O sábio Patanjali


Patanjali foi a primeira pessoa a apresentar a antiga tradição do yoga de forma sistemática: por isso, ele é considerado o fundandor do Yoga. Patanjali viveu por volta do ano 200 a.C.

Há uma história interessante sobre o nascimento de Patanjali. Sua mãe, Gonika, era muito devota. Um dia, enquanto se banhava no rio, Gonika orou ao deus Sol, " ó, senhor, por favor, conceda-me um filho glorioso".

Em resposta às suas preces, o deus Sol ordenou que a sábia serpente Shesha (ou Ananta) nascesse como filho de Gonika. No mesmo instante, a grande Shesha transformou-se em uma pequena serpente e pulou para as palmas das mãoe de Gonika, que se fecharam em forma de concha. A serpente então se transformou em um lindo menino. Gonika ficou encantada e deu à criança o nome de Patanjali. Pata significa cair e anjali quer dizer palmas das mãos unidas.

Patanjali cresceu e se tornou um homem extraordinário, reconhecido por seus ensinamentos e sabedoria. Ele foi autor de três trabalhos brilhantes: a gramática sânscrita, o tratado sobre a Ayurveda, antiga medicina indiana, e os Yoga Sutras, considerado o mais importante dos três.

Os Yoga Sutras de Patanjali são um trabalho extraordinário que, por meio de 196 alforismos, explica claramente o que é Yoga.


(Rajiv Chanchani e Swati Chanchani)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Os ásanas (posturas yogis) e as dores nas costas: "lubrificando" a máquina psicossomática



" traduzida literalmente, a palavra 'ásanas' significa 'posturas'. Mas os ásanas são mais do que isso, como vocês verão quando descobrirem que o Yoga sempre associa a mente ao corpo. Os por quês e os comos pormenorizados de todos os ásanas fogem âmbito de nosso estudo. Gheranda Samhita, um antigo compêndio, cita, literalmente, milhares de ásanas.O tônus muscular é controlado e modificado pela interação de impulsos sensitivos de várias partes do corpo e dos centros nervosos superiores; o músculo, normalmente flexível, elástico e dócil, pode ser deformado e enrijecido por uma psique perturbada, do que resulta uma contínua falta de equilíbrio do corpo e da mente, e que o yoga concorre para restaurar esse equilíbrio.


Isso não quer dizer que a prática do yoga se destina exclusivamente a beneficiar os portadores de desequilíbrios psicológicos. Embora, sem dúvida, ela seja capaz no caso de pessoas nessas condições, aqui nos interessa o aspecto do yoga como "lubrificante" das várias partes do corpo e da mente, assegurando um funcionamento suave e um trabalho eficiente da máquina psicossomática.


O homem pagou pela aquisição de uma postura erecta um preço elevado: a predisposição cada vez maior para as dores nas costas. A vida sedentária e o resultante aumento da obesidade provocam a frouxidão da musculatura do corpo, sobretudo da parte de sustentação, que tornou as dores nas costas tão comuns quanto o resfriado comum.


Homem ou mulher, você poderá avaliar por si mesmo os tremendos benefícios que conseguirá obter do yoga com um esforço relativamente pequeno.


O ponto mais importante que é preciso compreender antes de começar a prática do yoga é que os ásanas não são simples exercícios, mas modelos sistemáticos, constantes, de postura. Neles não se admitem movimentos convulsivos, e até em alguns ásanas dinâmicos o movimento tem de ser lento, espontâneo, uniforme. O sistema neuromuscular se compõe de tal forma que para cada grupo de músculos que se contraem, outro grupo de músculos se relaxa. Em estados de tensão, essa inervasão recíproca torna-se deficiente. Por sua própria natureza, os ásanas reorganizam e recondicionam o sistema, a fim de estabelecer a harmonia fisiológica entre ambos.


De acordo com os cássicos, o objetivo dos ásanas é proporcionar estabilidade e bem-estar. Para consegui-lo, cumpre que o ásana seja executado sem qualquer controle consciente, de modo que, enquanto o corpo se acha numa determinada pose, o espírito está livre para a comtemplação. Isso não é fácil. Procurarei elucidá-lo melhor.


Se você observar uma criança procurando dar os primeiros passos, verificará que todo o seu ser se concentra na execução da ação de colocart um pé diante do outro. Até uma momentânea interrupção da concentração a fará cair e procurar agarrar-se ao apoio mais próximo. Agora, compare essa situação com a facilidade isenta de esforço com que você anda ou fica em pé. Nada disso requer reflexões conscientes nem concentração, e você pode conversar ou exercer qualquer outra atividade sem correr o risco de cair. É essa espécie de condicionamento que o seu sistema precisa sofrer para que você se torne proficiente na execução dos ásanas.


A princípio, terá de fazer um esforço deliberado. Gradativamente, porém, com a prática continuada, o seu corpo responderá e desenvolverá uma flexibilidade e uma liberdade de movimentos que nunca lhe pareceram possíveis. É claro que há pessoas incapazes de conseguir uma postura perfeita. Deixemo-las executarem imperfeitamente os ásanas; mesmo assim elas receberão consideráveis benefícios da sua prática. Você não deve ficar desacorçoado só porque não pode repetir as contorções do seu mestre de Yoga. Enquanto o esforço é feito sistematicamente e se consegue a máxima mobilidade possível, os benefícios do Yoga se revelarão de imenso valor. Em nenhuma fase você deverá ir além de uma ligeira sensação de dor (ainda que brandamente agradável). Um esforço demasiado vigoroso poderá resultar em dano e na negação do bem já obtido."




(trecho retirado do livro: Ioga para a sua Coluna , de Pandit Shiv Sharma.)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Mantra para iluminação divina


'Om Bhur Bhuvah Svaha

Tat Savitur Varenyam

Bhargo Devasya Dhimahi

Dhiyo Yo Nah Prachodayat'

'Om.Terra.Atmosfera. Paraíso. Que concentremos nossa consciência no esplendor dos raios do sol nascente, o Criador. Que ele possa inspirar nossos pensamentos e meditações.'

Este é o mantra Gayatri, o mais antigo de todos os mantras em uso (pelo menos há 3 mil anos). Há diferentes tipos de mantras Gayatris dirigidos a diversos aspectos do Divino. Este invoca o sol nascente e poente chamado criador, porque é fonte de todas as energias naturais da Terra. "Savitur" é o iluminador da vida que é simbolizado pelo -mas não literalmente- sol. O sol também simboliza a luz divina que incentiva nosso entendimento da prática espiritual. Esse mantra é repetido em todo nascer e pôr do sol por milhares de pessoas na Índia.


PYJ # 06/09.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O tempo para os hindus -


O tempo para os hindus não é linear e sim cíclico como uma espiral (formato das galáxias). E, para melhor entendimento, esses ciclos foram divididos em quatro como as estações do ano. O primeiro ciclo é o Satya Yuga (idade de ouro ou da verdade), o segundo é Tetra Yuga (idade de prata), o terceiro é Dwapara Yuga (idade do bronze) e o quarto é Kali Yuga (idade do ferro). Esse último é o mais denso dos quatro. Nesse período, os valores morais declinam e a materialidade sobrepuja a espiritualidade. Confira abaixo uma tradução do texto sagrado dos Puranas (5000 A.C.) a respeito de Kali Yuga:
“Haverá monarcas contemporâneos reinando sobre a Terra, reis de espírito mau e caráter violento, voltados à mentira e à perversidade. Farão matar mulheres, crianças e vacas; cobiçarão as mulheres dos outros; terão poder limitado, suas vidas serão curtas, seus desejos insaciáveis; gentes de vários países, unindo-se a eles seguirão seus exemplos; e, sendo poderosos os bárbaros, sob a proteção dos príncipes, e afastadas as tribos puras, perecerá o povo. A riqueza e a piedade diminuirão dia a dia, até que o mundo se depravará por completo; a classe será conferida unicamente pelos haveres; a riqueza será a única fonte de devoção; a paixão o único laço de união entre os sexos; a falsidade o único fator de êxito nos litígios; as mulheres serão usadas como objeto de satisfação puramente sexual; a aparência externa será o único distintivo das diversas ordens de vida; a falta de honestidade, o meio universal de subsistência; a fraqueza a causa da dependência; a liberdade valerá como devoção; o homem que for rico será reputado puro; o consentimento mútuo substituirá o casamento; os ricos trajes constituirão a divindade; reinará o que for mais forte; o povo não podendo suportar os pesados ônus (o peso dos impostos) buscará refúgio nos vales. Assim, na idade de Kali (ferro) a decadência prosseguirá sem detença, até que a raça humana se aproxime do seu aniquilamento (Pralaia). Quando o fim da idade de Kali estiver perto, descerá sobre a Terra uma parte daquele Ser Divino que existe por sua própria natureza espiritual (Kalki Avatar); Ele restabelecerá a justiça sobre a Terra e as mentes que viverem até o fim da Kali Yuga serão despertadas e serão tão diáfanas como o cristal. Os homens assim transformados serão como sementes do verdadeiro homem (Eu Superior).”

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ayurveda

Ayurveda que pode ser traduzido como "sabedoria da vida", tem mais de 5.000 anos, segundo os textos clássicos sânscritos. É um sistema de cura que examina a constituição física, a natureza emocional e o panorama espiritual no contexto do universo. Segundo essa filosofia, a força universal da vida se manifesta em três energias diferentes ou doshas, conhecidos como vata, pitta e kapha.
Somos todos feitos de uma combinação única dessas três forças. Apesar de todos terem um pouco de cada, a maioria da pessoas tende a ter predominância de um ou dois doshas. Essa combinação única é determinada no momento da concepção e é sua ´própria impressão digital, ou prakriti (natureza).
Conforme caminha pela vida, a proporção de cada um dos três doshas flutua constantemente de acordo com o ambiente, a dieta, as estações, o clima, a idade e muitos outros fatores. Conforme se equilibram e desequilibram, os doshas podem afetar a saúde, o nível de energia e o humor em geral.
Para que vocês entendam um pouco, irei postar algumas informações de Ayurveda a partir de agora!
Namaste!

Fonte: Revista PYJ # out.08

terça-feira, 19 de maio de 2009

LUTO NO YOGA - Adeus a Sri K. Pattabhi Jois


K. Pattabhi Jois faleceu nesta manhã do dia 18 de maio, às 6h00 (horário de Brasília).

Ele tinha 94 anos e morreu depois de um curto período de doença.

Jois foi o fundador do Ashtanga Vinyasa Yoga e o responsável por difundir o método pelo mundo.

Ele nasceu em uma lua cheia de julho em 1915, no sagrado dia do calendário hindu, o Guru Purnima ,em uma pequena vila no estado de Karnataka, na Índia.
Ele ensinou por 63 anos ininterruptamente o Ashtanga Yoga, o mesmo método que ele aprendeu em 1927 de seu renomado guru Krishnamacharya (o mesmo guru de B.K.S.Iyengar).
P. Jois ficou famoso pelo sistema de yoga que ensinou e popularizou nos cinco continentes..
Há muitos anos atrás conheci esta frase dele que me marcou pela simplicidade:
“Para ensinar yoga voce deve ter para com seus alunos: dedicação e paciência.”


Uma grande perda para todos os praticantes de Yoga...

Deixamos aqui um mantra ao nosso Mestre:
Om, Shanti Shanti Shanti.


terça-feira, 5 de maio de 2009

Yoga para Crianças : O Princípio



"O Yoga é uma ciência muito antiga. Ninguém conhece suas origens. As lendas dizem que começou com os deuses e que Shiva foi o primeiro grande yogue. No decorrer dos tempos, muitos homens sábios trilharam o grande caminho do yoga. Cada um deles nos deixou referências para que as seguíssemos. Muitas histórias indianas antigas nos falam sobre esses sábios virtuosos e seu mundo maravilhoso. Esses sábios eram como crianças. Tudo os fascinava : o brilho das estrelas, as altas montanhas, os rios caudalosos, os animais ferozes, belos pássaros e até mesmo pequenos gafanhotos. Esses homens viviam próximos à natureza. Verdade, não-violência, honestidade, autodisciplina e simplicidade eram as bases de suas vidas. Entre esses virtuosos da antiguidade, o sábio Patanjali estava em primeiro lugar. "




Rajiv Chanchani e Swati Chanchani

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mudanças, segundo o Vedanta


Mudar é ivevitável. A impermanênia de tudo na criação foi reconhecida pelos sábios antigos da Índia revelada nas escrituras da tradição védica. Tanto as mudanças internas quanto externas são constantes. A vida de todos nós é cheia de alegrias e tristezas e tudo isso nos leva, queiramos ou não, a um amadurecimento emocional. Da mesma forma, nosso corpo também se transforma com o tempo. Resistir a essa ordem é como nadar contra a correnteza ou dar murro em ponta de faca. Mas isso não implica uma atitude "conformista". Temos livre-arbítrio e até certo ponto podemos influenciar as mudanças em nossas vidas.

Na Bhagavad Gita, Krishna ensina a Arjuna sobre Karma Yoga, a atitude na ação. Ele diz que temos escolha na ação, mas não no resultado dela. O fator mais importante ao fazermos nossas escolhas é o dharma. A palavra dharma aparece nos textos védicos com muitos significados, mas aqui se refere a "aquilo que deve ser feito", o que é etico e moral. Nossas mudanças devem ser mudanças dhármicas, que levem em consideração não só nossos desejos, mas também o bem-estar daqueles à nossa volta, assim como a natureza que nos rodeia.


Mas aonde tudo isso vai nos levar? O que podemos mudar, ou seja, o corpo e a mente, são parte dessa criação que está eternamente em transformação, portanto não existe perfeição que seja duradoura. Até mesmo o corpo mais saudável um dia morrerá. Segundo o Vedanta, o objetivo último da vida humana é descobrir que já somos perfeitos, que nossa verdadeira natureza, ao contrário do nosso corpo e mente, é eterna e imutável, pura consciência. E, portanto, para sermos o que já somos não precisamos nos transformar, só precisamos nos reconhecer livres da identificação errada, da identificação com o corpo e com a mente. A mudança da mente pelo Yoga e levando em consideração o dharma é a maturidade que conduz à busca do conhecimento do imutável, pois os sábios antigos da Índia reconhecem e revelam o ser livre de mudanças que denominam Brahman. Este é livre das limitações de tempo e espaço e é a natureza do sujeito. Revelam que Brahman é Atman, o eu básico de todos os seres que precisa ser percebido.


Por Paula Ornelas - Prana Yoga - abril/09.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Explicação poética de Maya (ilusão) por Hermógenes



"Deus, o Uno, em Maya revela seu Verso, fazendo-se Uni-verso.
Eu, parte do universo, vivo a buscar meu Verso, para voltar a ser Uno.
Maya Chamam-te ilusão os que não têm olhos de ver.
Aos olhos cegos a cegueira aumenta.
Não se iludem contigo os videntes.
Vêem-te a aparência que és,mas também Aquilo que aparentas.
Maya,véu que vela Deus a olhos impuros.
Maya,véu que O des-vela aos olhos de pureza.
Para aqueles,multiplicidade e variedade de seres.
Para estes,a Unidade do Ser.
Aqueles, no concreto retidos.
Estes,no abstrato libertos,por trás, além.
Aqueles,no tempo enredados.
Estes,no Eterno abismados.
Aqueles,no finito presos.
Estes,no Infinito perdidos.
Aqueles,de sombras cativos.
Estes,do Real comensais.
Aqueles,em miragens detidos.
Estes,imunes às seduções.
Procuro ver-te,nuvem bondosa,sem a qual me queimaria os olhoso ofuscante esplendor de Deus."

Ocultação

"Maya:
perene parábola do Eterno,tecida de tempo;esconderijo do Infinito,na ilusão do espaço;
disfarce do Inominávelde muitos nomes;
veste do Informede multifária aparência...

Maya:
poder de criar,criadora de fantasia,biombo fascinante,engano, encanto...
Ao que tem, dar-se-lhe-á;ao que não tem,até o quase nada que temlhe será tirado.
A vitória é daquele que, intimorato, prudente,sereno, equânime,abnegado, persistente,discernindo, refletindo,meditando,perquirindo,mata a ilusão,rompe o encanto,destroça o engano,com a espada do Saber."

O véu

"Há a Vida.
Há um véu,o véu que vela a Vida.
Quem só vê o véu, não vê a Vida.Quem consegue des-velar a Vida já não vê o véu,e vê que ele é a própria Vida."

Hermógenes.
"Quando os cinco sentidos e a mente estão parados, e a própria razão descansa em silêncio, então começa o caminho supremo. Essa firmeza calma dos sentidos chama-se Yoga. Mas deve-se estar atento, pois o Yoga vem e vai." (Katha Upanishad, VI)

Frase do dia

Realmente, não há mérito maior que o Yoga. Não há bem mais elevado que o Yoga. Não há sutileza mais fina que o Yoga. Não há nada mais excelso que o Yoga.


(Yogashikha Upanishad, I:67)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Como a prática do Yoga pode ajudar no tratamento da asma?


O Yoga, apesar de não ser um das soluções para a cura definitiva da doença, surge como opção de terapia complementar para o tratamento da asma.Geraldo Lorenzi Filho, médico pneumologista do Incor, afirma que a asma tem uma relação estreita com o estresse. “Ele não chega a ser a causa da doença, mas o asmático piora muito em momentos de estresse”. Para tal, existem dois mecanismos de controle: terapias de apoio e exercícios respiratórios. Neste sentido, o asmático pode se beneficiar muito com a prática de Yoga. Lílian Le Page, professora de Yoga do Centro Montanha Encantada, afirma que a prática ajuda o asmático a se manter calmo no momento da crise. “Ele toma consciência do próprio corpo, da própria respiração, e consegue de fato usar tudo aquilo que aprendeu na aula para superar o ataque de asma”.Uma pesquisa publicada no British Medical Journal, feita por dois pesquisadores do Vivekananda Kendra Yoga Research Foundation, na Índia, mostra a eficácia da prática do Yoga no tratamento da asma. O estudo observou 53 pacientes que foram submetidos a um programa de treinamento que incluía asanas (posturas), pranayamas (exercícios respiratórios), dhyana (meditação) e uma sessão de prática devocional. Tudo isso durante 65 minutos diários. Posteriormente, foram comparados a um grupo de controle, também com 53 pacientes, com equivalência de idade, sexo, tipo e gravidade da asma, que continuou a se tratar com os remédios usuais. O resultado mostrou grande melhora no grupo que praticou Yoga, no que concerne aos números de crises por semana. Segundo o Dr. Lorenzi, muitas vezes o asmático não sabe respirar direito e profundamente. Por vezes, sua respiração é curta e ele não exercita os brônquios, os pulmões corretamente. Nesse sentido, os exercícios respiratórios podem ajudar muito o asmático. “Eles aumentam a capacidade respiratória”, diz Lílian. Um dado curioso. Existe uma relação entre asma e obesidade. Pessoas obesas têm maior tendência a ter asma, ou a deixar o estado da doença mais grave. “Ainda aqui a prática de Yoga é interessante, pois a aula é composta por uma série de exercícios que pode ajudar uma pessoa a perder peso”, explica Lorenzi.

Asma é a doença crônica mais comum em crianças, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Segundo Maurício Salem, professor de Yoga para crianças no Rio de Janeiro, a aula de Yoga direcionada para esses pequenos trabalha principalmente a educação respiratória, o que pode ser muito benéfico para os asmáticos. Ele explica que os exercícios respiratórios do Yoga desenvolvem a capacidade de controle do diafrágma. “É importante trabalhar a respiração e a inspiração máxima para fortalecer os músculos intercostais e ter mais consciência e controle da respiração”. Além disso, exercícios de respiração pela boca podem ser muito eficientes já que permitem um prolongamento da expiração. Maurício explica que é importante praticar asanas que trabalham a abertura o peito, como o dandasana (postura do bastão) e o baddhakonasana (postura entrelaçada do ângulo), mas deve-se evitar a prática de posturas invertidas. “Muitas vezes, as crises vêm acompanhadas de constipações nasais, como rinite e sinosite, e a prática deste tipo de postura pode deixar a criança com muita dor de cabeça”.Ele conta ainda que atividades simples como cantar e espreguiçar podem ser muito benéficas para o trabalho respiratório. “Ao se espreguiçar, estabelece-se a união de todo o corpo, da ponta do dedão ao topo da cabeça, respira-se profundamente e solta-se todo o ar."


PYJ # 28/04/09

terça-feira, 17 de março de 2009

Yoga na vida...


Você tem a oportunidade de trazer a filosofia do Yoga à vida: praticando a paciência e a compaixão, aprenda a respirar e a relaxar na resistência e a persistir enfrentando um desafio que não pode ser facilmente resolvido.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Dia de Holi - o início da primavera na Índia

Este ano, no dia 11 de março se comemorou o Dia de Holi, uma festa típica da Índia.
O sentido religioso desta festa é de marcar a cremação de todas as tendências perversas, o que equivale à vitória do bem sobre o mal.
O festival de cores, Holi é uma das ocasiões mais alegre para a comunidade hindu. Como a maioria dos outros festivais indianos, Holi também tem sua origem na antiga mitologia indiana e está indissociavelmente associada à lenda do deus Krishna, a oitava encarnação do deus Vishnu, e Prahlad - filho do rei demônio Hiranyakashipu. Happy Holi!
A celebração de Holi é muito antiga, na sua origem. E, pela sua própria origem, se comemora um triunfo final do 'bem' sobre o 'mal'. É uma festa de cores. Literalmente "Holi" significa "ardor" na língua indiana. A referência é encontrado apenas na antiga mitologia indiana. E é a lenda de Hiranyakashipu, a quem a celebração de Holi está associado. A história conta que um demônio chamado rei Hiranyakashipu na Índia antiga queria vingar a morte de seu irmão mais novo. O irmão, também um demônio, tinha sido morto por Lord Vishnu, o acompanhamento da vida e morte no universo, (segundo a crença hindu). O tirano rei queria se tornar o rei do céu, da terra e do submundo. Tocou severa penitência e oração, durante muitos anos a ganhar potência suficiente. Por último, foi concedida uma dádiva. Hiranyakshipu pensava que ele tinha se tornado invencível. Arrogante, ele ordenou todos no seu reino para adorar-lo, em vez de Deus. O demônio rei, no entanto, tinha um filho muito jovem, chamado Prahalad. Ele era um fervoroso devoto de Vishnu. Apesar da ordem de seu pai, Prahalad continuou a orar a Vishnu. Então o rei demônio queria matar o seu filho. Ele pediu o favor de sua irmã Holika que, por causa de uma benção, é imune ao fogo. Foi previsto que o filho seria queimado até a morte. A pira foi acesa. No entanto, no final Prahalad emergiu incólume pelo fogo, e o demônio, foi queimado a cinzas. A fervorosa devoção e completa submissão ao Senhor Vishnu salvou o jovem Prahlad. Assim foi o triunfo do Prahlad. E a derrota do representante do mal. Mais tarde, mesmo o demônio Hiranyakashipu rei foi morto por Lord Vishnu. Mas isso é uma história diferente. É a partir Holika, que originou a Holi. Ainda hoje, as pessoas celebrar esta ocasião. Enormes fogueiras estão iluminadas a cada ano, na véspera da noite de lua cheia a Holi para queimar o espírito do mal. Daí a história associada com a alma da festa. Agora, vamos olhar para o rosto dele. Como é que a celebração de Holi assumiu um colorido? Bem, ela está ligada a outra lenda, de Krishna. Embora de origem muito mais tarde, ainda, que era na era pré-cristã. Segundo a crença hindu, Krishna era uma reencarnação do deus Vishnu próprio. Foi Krishna, ou Krishns, o rei da antiga cidade de Dwarka, que popularizou a tradição de Holi. A origem dos coloridos de Holi reside na infância de Krishna. Ele costumava brincar com os seus amigos de infância Gokul e Vrindavan. Situado no norte Índia, estes são os lugares onde passou sua infância. Foi nesta época do ano, que Krishna usou água e cores para chamar atenção das meninas da aldeia. Na primeira vez, ele ofendeu as garotas. Mas elas gostaram tanto deste menino travesso que logo sua raiva foi derretida. E, não demorou muito para os outros meninos se juntar a ele, tornando-se um esporte popular na aldeia. Mais tarde, como Krishna cresceu, o jogo assumiu uma nova dimensão. Acrescentou mais cores para Krishna em sua lendária vida amorosa. Na lenda de Krishna e seu namoro com Radha, houve esta brincadeira de jogar "pozinhos" coloridos.
Este festival pode durar 1 semana. As cores que as pessoas jogam umas nas outras podem ser em pó, óleo ou água. As pessoas atiram este pó colorido no ar e nas pessoas e gritam: "HOLI HAI" ! Eles jogam a água com as mãos ou com 'Pitchkari' , uma espécie de seringa gigante. Eles usam balões cheios de água colorida para acertarem como alvo. Homens jovens jogam pó colorido e água colorida sobre as mulheres. Eles também visitam casas, distribuem doces e cumprimentam uns aos outros. Homens, mulheres, adultos e crianças participam de todas as danças e outros programas culturais.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Yoga contra o câncer


Em um estudo publicado recentemente no jornal Psyco-Oncology, pesquisadores concluíram ter descoberto um tratamento cujo resultado mostrou uma redução de 50% da depressão e um aumento de 12% nos sentimentos de paz e positividade em mulheres com câncer de mama. A descoberta não se trata de um novo tipo de antidepressivo ou medicamento contra a ansiedade, e sim de um antigo sistema de cura e exercício conhecido como Yoga. Cientistas da Wake Forest University School of Medicine conduziram um estudo de 44 mulheres com câncer de mama, escolhidas aleatoriamente; 34% ainda estavam em tratamento e as outras já o haviam completado. Metade participou de um programa de dez semanas com aulas de 75 minutos de Yoga Restaurativo (YR), e a outra metade ficou na lista de espera do grupo de controle. YR é um tipo de Yoga mais sutil, similar a outros estilos da prática que movimentam gentilmente a coluna em todas as direções. A utilização de acessórios, como travesseiros, almofadas, bolsters, entre outros, dá mais suporte à realização dos exercícios, além de ajudar a relaxar profundamente, sem que se faça grande esforço físico, o que permite com que pessoas com qualquer nível de saúde pratiquem Yoga mais facilmente. De acordo com a equipe de pesquisa da Wake Forest, os resultados mostraram que as mulheres que tiveram aulas de YR experienciaram mais benefícios que o grupo de controle (mais tarde, todos foram convidados a participar de aulas de YR).O grupo que praticou Yoga apresentou melhoras na saúde mental incluindo depressão, positividade das emoções e espiritualidade (definido como sentimento de calma e tranqüilidade) se comparado ao grupo de controle. Os cientistas constataram que aquelas mulheres cheias de sentimentos negativos e mal estar emocional que começaram a praticar Yoga obtiveram mais benefícios do que as do grupo de controle. Apresentaram, por exemplo, uma melhora significante no seu nível de cansaço. “A evidência vista em diversos artigos sobre experimentações aleatórias mostra que terapias corpo e mente melhoram o humor, a qualidade de vida e outros sintomas relacionados em pessoas com câncer. O Yoga é uma terapia de corpo e mente disponível a muitos e que envolve custos baixos”, diz Suzanne Danhauer, Ph.D, que comandou a equipe de pesquisa da Wake Forest University School of Medicine, em declaração à imprensa. “Dados os altos níveis de estresse e angústia com os quais vivem muitas mulheres com câncer de mama, a oportunidade de sentir mais calma e tranqüilidade meio a doença é um benefício significativo”.


Matéria retirada do site Natural News

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Shanti Mantra (mantra da paz)



Omsahana vavatusahanau bhunaktusahaviryam karva vahaitejas vinava dhitamastumavidvisha vahaiOm shanti shanti shantihi


Que todos nós estejamos protegidos e unidos.Que todos nós estejamos nutridos e unidos.Que nós todos possamos trabalhar juntos,unindo as nossas forças pelo bem comum da Humanidade.Que o nosso saber seja luminoso e realizador.Que nunca briguemos e não haja inimizade entre nós.Om. Que haja paz, paz, paz.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Frase do dia:


" sem alicerces firmes, uma casa não pode ficar em pé. Sem a prática dos princípios dos yamas e nyamas, que proporcionam firmes alicerces para a edificação do caráter, não pode haver uma personalidade integrada. A prática de àsanas sem o suporte de yama e nyama é mera acrobacia. As qualidades exigidas de um aspirante são: disciplina, fé, tenacidade e perseverança para praticar o yoga regularmente, sem interrupções."

B.K.S. Iyengar

O caminho dos yogis...


  • Para sermos Yogis, devemos percorrer um caminho de 8 partes, descrito no Yoga Sutras de Patanjali, que são: yamas, nyamas, asanas, pranayamas, pratyahara, dhárana, dhyana e samadhi.
  • Os Yamas são atitudes que você deve ter em relação à você, às outras pessoas e em relação à natureza. Os Yamas são 5: Ahimsa, Satya, Asteya, Brahmacharya e Aparigraha.
  • Os Nyamas são observâncias que visam a organização interior do indivíduo. São 5 também: Saucha, Samtosha, Tapas, Svadyaya, Ishvara Pranidhana.
  • Os Ásanas são posturas estáveis e confortáveis.
  • O Pranayama é o controle do prana através da respiração.
  • O Pratyahara é o controle dos sentidos, para que eles não interfiram no seu pensamento, no seu centro.
  • O Dhárana é uma ferramenta que você vai usar pra meditar. É você focar sua atenção em algo. O Dhyána é meditação. Quando você tem o domínio da mente, você pode por ela pra trabalhar como você quer.
  • O Samádhi é o êxtase. Um estado alterado de consciência, atingido através do domínio de todas as práticas citadas acima.
  • Todas estas etapas são muito complexas. Apenas a prática de cada uma delas, pode levar o praticante a entendê-las por inteiro.
  • Mas podemos trilhar este caminho aos poucos, seguinho nosso ritmo. O importante é ter disciplina, amor e vontade.
    namaste!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Mudrás


Em sânscrito significa selo, estampa. Mudrás são marcas e atributos divinos impressos no corpo do praticante de Yoga. O símbolo formado pelas mãos e dedos de diversas maneiras produz um efeito muito poderoso sobre o físico e o psíquico, atingindo e estimulando os chakras.

Os Mudrás são posições que fecham de modo inviolável o "sopro" no interior do corpo. No Hatha Yoga Pradipika, existem 10 mudrás, que devem ser guardados em segredo por seus praticantes. O Gheranda Samhita reconhece 25 mudrás.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Curiosidades da Índia...Tulasi


Na India, é uma planta universalmente apreciada por yogis, místicos e santos de várias tradições espirituais. O nome botânico, Ocimun sanctum (sanctum significando santo), usado em respeito a uma tradicão ancestral escrita há mais de 5000 anos atrás. Há muitas referencias a esta planta sagrada através dos Vedas, conhecidos como os mais antigos textos existentes.Suas flores, folhas e madeira são parte integral da vida e adoração indiana. Nenhuma oferenda e considerada completa sem flores ou folhas de Tulasi, e a madeira e cuidadosamente queimada para a confecção de colares e "japa mala", contas de meditação usadas para a contagem de mantras e oracões. Tulasi é compreendida como a encarnação em forma de planta da deusa Vrindadevi. Ela incorpora a beleza da flora e da fauna do último ser da floresta espiritual, Vrindavana. Ela aparece nesse mundo através desta planta, e suas folhas podem ser usadas para se ofertar a Krishna. "O deus supremo, a incorporação da verdade, a consciência e a bem aventurança e conhecida como Krishna ou Govinda. Tulasi é simples em todos os sentidos. Simples ao se ver, simples ao se tocar, simples ao ser relembrada, simples ao se ouvir dela, ou simples ao se assoprar sua árvore, há sempre simplicidade. Qualquer um que se encontra com a árvore Tulasi nas formas mencionadas acima vive eternamente no mundo espiritual.Purificando o corpo, mente e emocões, os granulos de Tulasi sempre podem ser vistos ao redor dos pescoços de yogis sérios e místicos na Índia. Em praticamente todo templo da Índia há um lugar especial reservado a esta planta sagrada.