quinta-feira, 30 de abril de 2009

Explicação poética de Maya (ilusão) por Hermógenes



"Deus, o Uno, em Maya revela seu Verso, fazendo-se Uni-verso.
Eu, parte do universo, vivo a buscar meu Verso, para voltar a ser Uno.
Maya Chamam-te ilusão os que não têm olhos de ver.
Aos olhos cegos a cegueira aumenta.
Não se iludem contigo os videntes.
Vêem-te a aparência que és,mas também Aquilo que aparentas.
Maya,véu que vela Deus a olhos impuros.
Maya,véu que O des-vela aos olhos de pureza.
Para aqueles,multiplicidade e variedade de seres.
Para estes,a Unidade do Ser.
Aqueles, no concreto retidos.
Estes,no abstrato libertos,por trás, além.
Aqueles,no tempo enredados.
Estes,no Eterno abismados.
Aqueles,no finito presos.
Estes,no Infinito perdidos.
Aqueles,de sombras cativos.
Estes,do Real comensais.
Aqueles,em miragens detidos.
Estes,imunes às seduções.
Procuro ver-te,nuvem bondosa,sem a qual me queimaria os olhoso ofuscante esplendor de Deus."

Ocultação

"Maya:
perene parábola do Eterno,tecida de tempo;esconderijo do Infinito,na ilusão do espaço;
disfarce do Inominávelde muitos nomes;
veste do Informede multifária aparência...

Maya:
poder de criar,criadora de fantasia,biombo fascinante,engano, encanto...
Ao que tem, dar-se-lhe-á;ao que não tem,até o quase nada que temlhe será tirado.
A vitória é daquele que, intimorato, prudente,sereno, equânime,abnegado, persistente,discernindo, refletindo,meditando,perquirindo,mata a ilusão,rompe o encanto,destroça o engano,com a espada do Saber."

O véu

"Há a Vida.
Há um véu,o véu que vela a Vida.
Quem só vê o véu, não vê a Vida.Quem consegue des-velar a Vida já não vê o véu,e vê que ele é a própria Vida."

Hermógenes.

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