sábado, 22 de dezembro de 2012

Hare Krishna!

"Quando as flores caem de meus olhos
E eu beijo as mãos de Krishna e Radha,
Abro o céu para que as estrelas iluminem
O Ganges, calmo rio divino, menino em
Minha alma.

Sim, o amor te guarda no silêncio do templo,
No tempo sem tempo, na lua mansa que
Sombreia o mar e os mistérios das palavras.

O sentido está além, no ritual que observo
Com os incensos acesos e os cabelos perfumados
Amor sagrado, se me perdes, me tens em

Nuvens e saris, naquela dança que os deuses
Me ensinaram para que eu pudesse sonhar.
Cante o nome de Deus
Cante o nome de Deus

Escolhi esse mantra para te acordar.

Madana mohana murari
Haribol haribol haribol

A flecha seduz o arco que enverga sem
Força para ferir o coração.

Amor de minha alma, a paixão cuida de mim.

Eternizo as horas caladas, queimo mirra
E alecrim.

Que a vida possa te dar asas e flautas,
Que o teu canto seja bálsamo e semente.
Te solto no vento, calma e contente
Para que teus pés sigam o vôo da condor.
Se fores e voltares como Krishna, é
Porque eu sou Radha e tu ainda és o meu
Amor.

Por seres mais sedutor do que o próprio cupido,
Roubaste o meu coração
Cante o nome de Deus."


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Página no Facebook

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ou curtam nossa página: http://www.facebook.com/pages/Prema-Yoga/293381564096605?ref=hl

Namaste! 

Comunicado

Comunicado:

As aulas se encerram no dia 21/12 e voltam no dia 07/01.

Namaste! 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Promoções de Fim de Ano no Prema Yoga : Massagem e Reiki com descontos especiais!


No mês de dezembro, estamos com ótimos descontos nas sessões de Reiki e Massagem no Prema Yoga.
Presenteie quem você ama ou dê a você mesmo esse presente de fim de ano!
Agendamento e atendimento no Prema Yoga , 16- 34131817.

Namaste!

domingo, 2 de dezembro de 2012

Nova página do Prema Yoga!




Curta nossa nova página no Facebook e acompanhe as novidades da nossa escola!

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terça-feira, 23 de outubro de 2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

Os pensamentos e sentimentos


"Somos aquilo que pensamos. Todo pensamento é imediatamente traduzido num modelo fisiológico. Não há um único pensamento distorcido sem que haja também uma molécula distorcida. Essa é a visão holística da medicina oriental, que não separa o corpo e mente, por isso o tratamento energético atua em todos os aspectos do ser humano e aquilo que pensamos tem ligação direta com nossa saúde. A mente tem influência sobre o corpo do mesmo modo que o corpo tem influência sobre a mente. Ambos são um mesmo tipo de energia em frequências diferentes. O corpo físico é mais denso, enquanto a mente é mais sutil, mas tudo acontece em sincronicidade entre ambos. A mente e o corpo são pólos da mesma energia criadora. Cada pensamento é o produto e o produtor de alterações químicas e elétricas em seu organismo. Essas alterações são simbióticas , as mudanças de um criam e influenciam as de outro. Prova disso são as curas pelo poder da fé , da oração, da auto-sugestão que já estão sendo estudadas pela ciência ocidental. "

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Massagem Ayurvédica no Prema Yoga.

O Ayurveda - palavra que em sânscrito significa " A Ciência da Vida" - é um dos sistemas mais antigos e completos do mundo no que diz respeito à cura natural. 
A massagem é uma das ferramentas utilizadas para reequilibrar o indivíduo dentro do Ayurveda.

Para que se faz uma massagem?

Alguns benefícios da massagem ayurvédica feita com regularidade são: relaxamento e alívio de tensões, fortalecimento do corpo, liberação de toxinas, desbloqueio das emoções e sentimentos reprimidos, purificação, rejuvenescimento, melhora do sono, fortalecimento do sistema imunológico, dentre outros.

A massagem ayurvedica é um verdadeiro método de cura.

Nesta massagem é essencial o uso dos óleos vegetais medicinais. A pele é um importante órgão de assimilação. O Ayurveda faz uso desse conhecimento a partir do ponto de vista terapêutico.

A beleza do sistema ayurvedico está em que ele não se limita ao corpo físico, mas abarca todas as inter-relações da natureza.

Venha desfrutar dos benefícios desta prática milenar.

Agende um horário no Prema Yoga.

Hari Om Tat Sat .

Reiki no Prema Yoga.

Reiki é um sistema natural de harmonização e reposição energética praticado a fim de manter ou recuperar a saúde. É um método de redução de stress. Funciona como instrumento de transformação de energias nocivas em benéficas.

Ao receber uma aplicação de Reiki, o corpo do receptor relaxa e o batimento cardíaco atinge seu nível de repouso, assim como diminui a frequência respiratória. Ao final de uma sessão de reiki, alguns receptores sentem-se como que acordando depois de uma longa noite de sono. 

O Reiki libera tensões, elimina dores, melhora o sistema imunológico, desintoxica, desbloqueia emoções, equilibra e amplia a energia de quem o recebe.

Agende sua sessão de Reiki no Prema Yoga. 

Hari Om Tat Sat

Abertas novas turmas!

Namaste!

Estamos de volta !

Novos horários das aulas:

segundas, quartas e sextas: das 19 às 20:15h

terças e quintas: das 18 às 19:15h.

Manhã: segundas e quintas, das 10 às 11:15h.

* Sem taxa de matrícula.

* Os valores das mensalidades continuam os mesmos.

Agende sua aula experimental sem compromisso!

Já estamos realizando atendimento de Massagem Ayurvédica e Reiki.

Mais informações: (16) 3413-1817. Prema Yoga.


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sundari


Sundari é a deusa do amor, da beleza e da lua cósmica. Sua energia é voltada para a fala, o conheci­mento e o mantra. Ela pode ser relacionada com outras formas de deusas femininas, como Lalita e Lakshmi, sendo conhecida também como a forma mais suave de Kali. Quando se quer iniciar uma prática de Shakti mantra, normalmente começamos com esse mantra, pois é uma força mais gentil e leve, trazendo muita tranquilidade, segurança e poder interno. Antes de trabalhar com qualquer força mais forte, precisamos estar em paz e seguros. Esses mantras podem ser fei­tos junto com sua prática de meditação, no começo e no final do seu dia. Para que possamos começar a ver os efeitos do mantra na mente, é necessário fazer no mínimo um japa mala, ou repeti-lo 108 vezes.
Renata Mendes é professora de Yoga e fundadora da consultoria ACTveda . www.actveda.com.br


Shakti bija mantras
Uma das formas mais importantes e poderosas de repetição de mantra é pelo Shakti Bija Mantra, que são sílabas do alfabeto sânscrito que representam a vibração das forças cósmicas. Os Shakti mantras são, em sua grande maioria, relacionados à Mãe Divina em suas várias formas e manifestações na natureza, como o sol e a lua, o fogo e a água, a eletricidade e o magnetismo. Sua repetição deve ser feita como parte do seu sadhana (prática espiritual), tendo uma postura de concentração profunda, reverência e respeito por essas forças que se está invo­cando, pois eles têm um poder muito grande em criar, sustentar e dissolver formas e forças dentro de nós. Devemos ter claros a intenção e o propósito pelos quais estamos fazendo o mantra, com muito cuidado, pois toda ação tem um resultado. Quando trabalhamos com mantras direcionados para as deidades, com a intenção correta, isso faz com que nos tornemos essa força que estamos trabalhando.

aim – som semente da Mãe Divina ou da força cósmica feminina;
klim – som semente do desejo;
sauh – som semente relacionado à Lua e à felicidade



(Revista Prana Yoga - ago/set 2011)

domingo, 18 de março de 2012

Novas turmas abertas!


Namaste!

Novos horários de aulas no Prema Yoga:

Manhã:

todos os dias : das 8 às 9 da manhã.

Terças : das 9 às 10 da manhã.

Quintas: 9 às 10 - Yoga Kids.

Tarde:

Terças e quintas : das 17:30 às 18:30 Baby Yoga (experimental dia 20/03)

Quartas: 16 às 17hs.

Noite:

segundas, quartas e sextas: 18:30 às 19:30 e das 19:45 às 20:45hs.

* estamos abrindo novas turmas em novos horários. Ligue e agende uma aula experimental, sem compromisso.

Valores:

1x por semana: R$ 50,00.
2x por semana: R$ 80,00.
3x por semana: R$ 110,00.
4x por semana: R$ 140,00.
todos os dias: R$ 170,00.

* Não cobramos taxa de matrícula.



sábado, 10 de março de 2012

Seja grato...


‎"Sinta-se tão grato à existência quanto possível - pelas pequenas coisas, e nãosomente pelas grandes... simplesmente por estar respirando. Nada temos a reivindicar à existência; assim, tudo o que é dado é uma dádiva.

Cresça cada vez mais em gratidão e reconhecimento, deixe que isso se torne seu estilo. Seja grato a todos. Se as pessoas compreenderem a gratidão, ficarão gratas por coisas que foram feitas positivamente e até por coisas que poderiam ter sido, mas que não foram feitas. Você fica grato porque alguém o ajudou- esse é apenas o começo. Depois começa a se sentir grato por alguém não ter prejudicado você - ele poderia... e foi bondade da parte dele não ter prejudicado você.

Uma vez entendido o sentimento da gratidão e permitido que ele se aprofunde em você, começará a se sentir grato por tudo. E, quanto mais grato você ficar, haverá menos queixas e menos resmungos. Uma vez desaparecidas as queixas, a infelicidade desaparecerá. Ela existe com as queixas, está enganchada nas queixas e na mente queixosa. A infelicidade é impossível com a gratidão. Esse é um dos segredos mais importantes a serem aprendidos."

Vegetarianismo e Yoga

Pedro Kupfer - 14 de Junho de 2005 - 20 Comentários

Muita gente se pergunta o porquê da dieta vegetariana que nós yogispraticamos. Às vezes fica difícil discernir os motivos pelos quais o vegetarianismo é adotado sem uma compreensão mais profunda desses motivos. O discernimento e a compreensão são valores fundamentais para exercermos nossa liberdade. O yogi consciente não se torna vegetariano cegamente, porque alguém mandou, ou porque assim se faz há milênios. Oyogi consciente adota o vegetarianismo como um corolário do processo de compreensão da realidade da vida e do papel que o homem exerce no planeta.

Este texto tem o propósito de contextualizar a prática do Yoga na cultura hindu, de maneira que a pergunta sobre o porquê do vegetarianismo possa ser devidamente respondida. Ao mesmo tempo, o presente artigo pretende ser uma fonte de reflexão e recursos para aqueles que, havendo incorporado algumas das práticas yogiks em suas vidas, se sintam curiosos ou preparados para darem esse passo em relação à alimentação.

Antes de começar, uma palavra sobre o dharma

A tradição do Yoga hindu nos ensina que a realização espiritual e a verdadeira felicidade somente são possíveis se nossos pensamentos, sentimentos e ações estiverem em harmonia com a ordem universal, chamada dharma. A palavra dharma significa 'aquilo que mantém unido', e refere-se não somente às leis naturais, mas igualmente à Força Consciente de coesão e harmonia que gera e mantém o universo. Tudo é harmonia no universo. Um exemplo óbvio dessa harmonia universal que é expressão dodharma, é que os planetas, cada um seguindo sua própria órbita, não se chocam nunca.

Porém, o conceito de dharma admite uma outra interpretação no plano humano. Nessa segunda interpretação, podemos afirmar que o dharma é um grupo de valores, eternos e universais, através dos quais se estabelece uma convivência harmoniosa na sociedade. A palavra dharma também pode ser interpretada como 'fazer a coisa certa'. Nesse sentido, dharma é aquilo ao qual o homem se mantém fiel ao longo da sua vida, o que pauta suas escolhas e ações. Em soma, sua missão de vida ou seu propósito humano.

O dharma e o código yogik de conduta

A compreensão plena do conceito de dharma é essencial para podermos integrar em nossa vida os aspectos mais profundos da prática do Yoga, pois este está intrinsecamente ligado ao código de conduta yogik, chamado yamae niyama.

O código de conduta yogik tem mais a ver com coerência, motivação e coordenação dos esforços do praticante, do que com repressão e controle. A coerência, a coordenação e a motivação que acabamos de mencionar são absolutamente essenciais para podermos distinguir o certo do errado a cada momento.

Esse código de conduta é o fruto de um longo processo de reflexão, discernimento e sensibilização que os yogis da antiguidade nos legaram. Esse código tem mais a ver com coerência, motivação e coordenação dos esforços do praticante, do que com repressão e controle. A coerência, a coordenação e a motivação que acabamos de mencionar são absolutamente essenciais para podermos distinguir o certo do errado a cada momento.

Vou lhe contar um exemplo que ilustra perfeitamente a diferença entre discernimento e repressão de que falei acima. Meu amigo George Porto Ferreira foi morar numa reserva ambiental em Rondônia, na Amazônia, como técnico ambiental do IBAMA. Parte importante do seu trabalho é defender a mata virgem através de ações contra as madeireiras que extraem ilegalmente árvores da selva. Um dos principais motivos do desmatamento, porém, é a criação de novas áreas de pastagem para manutenção dos rebanhos bovinos que serão usados como alimento pelo homem.

Recentemente, em uma de suas raras visitas a Florianópolis, George me contou que tinha se dado conta de que não fazia nenhum sentido para ele levantar a bandeira do ambientalismo se não assumisse definitivamente uma dieta vegetariana. Em suma, meu amigo não decidiu tornar-se vegetariano porque alguém tenha proibido ele de comer carne, mas porque simplesmente percebeu a incoerência entre o discurso ambientalista e sua decisão na hora de escolher o alimento que punha no prato.

Se você come carne, você não está unicamente se prejudicando com um alimento de qualidade altamente duvidosa, ou colaborando com a matança de milhões de animais usados como alimento: você está financiando o desmatamento da Amazônia. Assim simples.

Quem por um lado, discerne o certo do errado e, por outro, for capaz de colocar em prática o esforço para anular a distância que separa a retórica da prática, é um yogi de verdade.

Não-violência, dharma e vegetarianismo

Voltemos ao código yogik de conduta. Esse código existe para facilitar a tarefa da realização espiritual. Sem ele, não há como progredir na prática. Não obstante a importância deste código para o Yoga, hoje em dia muitos praticantes sequer suspeitam da existência dele.

O esteio central do código yogik é ahimsa, a prática da não-violência. Você certamente já ouviu falar na não-violência, uma prática yogik tão poderosa que, apenas aplicando-a, Mahatma Gandhi e os lutadores pela independência da Índia foram capazes de libertar aquele país do jugo colonialista inglês sem disparar um único tiro. Isso por sua vez, nos mostra o infinito poder transformador do Yoga. O ahimsa, portanto, é um formidável instrumento para nos mantermos harmonizados com o dharma.

Existem duas dimensões diferentes na prática da não-violência, que estão intrinsecamente ligadas: uma pessoal e uma social. A primeira tem a ver com a forma como a gente se relaciona consigo mesmo e com a nossa prática pessoal de Yoga. A segunda tem a ver com a maneira em que vivemos a vida em sociedade, com nossa família, nossos amigos, vizinhos ou colegas de trabalho.

A segunda dimensão da não-violência, a social, depende diretamente da primeira, assim como a unha está ligada à carne. Se os praticantes de Yoga ficarem conscientes o tempo todo da ahimsa, haverá uma transformação profunda na sociedade. Os shastras, textos tradicionais do Yoga, convidam o praticante, como corolário natural da prática da não-violência, a adotar uma dieta vegetariana.

Em sânscrito, vegetarianismo se diz shakaharah. Shakaharah significa literalmente 'comedor de vegetais' (shaka = vegetal). A pessoa não vegetariana é chamada mamsaharah, que significa 'comedor de carne' (mamsa = carne). O Manudharmashastra, um texto de mais de 2.000 anos de antiguidade, dá a seguinte explicação sobre a palavra mamsaharah, 'comedor de carne':

'Os sábios declaram que o significado da palavra mamsa (carne) é [o seguinte]: 'ele (sa) irá comer minha carne [na próxima encarnação] se eu (mam) comer a dele agora'.

Portanto 'mamsa' significa literalmente 'eu + ele'. Isso nos leva ao tema da unidade que existe na criação e à constatação de que, qualquer coisa que fizermos contra a harmonia universal, irá irremediavelmente nos atingir no futuro.

Algumas razões para o praticante de Yoga se tornar vegetariano

O vegetarianismo tem sido adotado maciçamente pelos praticantes de Yoga desde milênios atrás, por três motivos:

1) o dharma e a ética ambiental,

2) a saúde e

3) o progresso espiritual.

Em relação ao primeiro ponto, vale lembrar o contexto da experiência do George: considera-se comer carne um crime contra a lei universal, porque isso significa participar, mesmo que indiretamente, em atos de crueldade e violência contra o reino animal, mas também contra o meio ambiente, quando somos coniventes com a destruição das florestas para fazer pasto para engordar o gado. Se uma parte da extensão de terra fértil usada atualmente para criar gado fosse utilizada para plantar cereais, o problema da fome no mundo acabaria imediatamente.

Em relação à questão da saúde, está mais do que claro que uma dieta rica em carnes é diretamente responsável por uma interminável série de problemas de saúde, que vão desde a prisão de ventre até o câncer de cólon, desde o mal de Parkinson até o mal da vaca louca, desde a halitose até problemas cardíacos como o enfarte, que, aliás, é a principal causa de mortes no mundo. Se continuarmos de olhos fechados para essas constatações gritantes, continuaremos vivendo mal e morrendo cedo. Uruguai, por exemplo, país onde o consumo de carne vermelha é maciço, é recordista planetário em mortes por câncer de cólon (em números relativos à população).

Em relação ao último ponto, o progresso espiritual, devo dizer que nem todas as tradições espirituais do Oriente abraçaram o vegetarianismo. O budismo tibetano, por exemplo, não menciona o assunto. Isso acontece por dois motivos. Por um lado, o Tibet é um país íngreme, alto e muito frio, onde não é possível para a maioria da população seguir uma dieta vegetariana. Por outro lado, Buda não quis colocar nenhuma restrição a seus monges em relação à alimentação para evitar que eles se apegassem a uma dieta ou deixassem de aceitar o alimento que lhes era dado como esmola.

De fato, o próprio Buda morreu em decorrência de uma intoxicação que adquiriu num jantar onde lhe foi servido porco, que ele não rejeitou pela questão do desapego mencionada acima. Não obstante esses dois motivos, e outros que poderíamos mencionar, o Dalai Lama recomenda aos seguidores do budismo tibetano a dieta vegetariana.

Excetuando-se o budismo, todas as demais tradições ascéticas da Índia são taxativas em relação à dieta vegetariana: hindus, jainistas e parses aderem desde tempos imemoriais ao vegetarianismo como meio para purificarem não apenas seus corpos mas igualmente suas mentes e corações.

Para o yogi consciente, devorar a carne de animais mortos é um ato de barbárie que carrega consigo conseqüências kármicas muito indesejáveis.

Considera-se como regra que, se o alimento foge de você quando você estende sua mão para pegá-lo, você não deve comê-lo. Se estender minha mão para pegar um frango com a intenção de matá-lo para comer, é natural que ele fuja para proteger sua vida. Até mesmo animais com limitações de locomoção como as ostras fugiriam de você se tivessem pernas e sentissem que você está atrás delas para comê-las!

Por outro lado, o reino vegetal parece dar seus alimentos sem demasiado sofrimento. Se estender minha mão em direção a um cajueiro para pegar seus frutos, este generosamente permite que me alimente com eles. A árvore não sofre, o alimento é bom e eu tenho direito de me beneficiar dele. Por causa disso, considera-se que a dieta vegetariana esteja em harmonia com odharma.

A lista de razões para adotarmos o vegetarianismo não se esgota aqui. Sugiro que o leitor amplie sua pesquisa lendo bons livros sobre o assunto ou pesquisando na internet. Um bom começo é visitar o website da Sociedade Vegetariana Internacional no Brasil:http://www.vegetarianismo.com.br/

A transição para o vegetarianismo

Então, como implementar uma dieta vegetariana sem criar um trauma em nossos hábitos? Existem duas opções. A primeira, radical, é simplesmente parar da noite para o dia, após haver refletido e amadurecido a idéia por tempo suficiente como para não se arrepender da decisão ao primeiro convite para o churrasco do próximo domingo.

A segunda, mais adequada para muita gente, é implementar uma série de mudanças graduais nos hábitos alimentares e começar a entrar com mais regularidade na cozinha para escolher e preparar o próprio alimento. Ambas as opções exigem planejamento, pesquisa, bom senso e, principalmente, uma mudança de visão em relação ao que significa realmente alimentar-se.

É preciso ter muita coragem para combater o preconceito e os hábitos sociais arraigados. Um vegetariano recente pode ouvir comentários como estes, da parte de seus amigos ou família: 'Então você virou vegetariano? Você está comendo só grama?' 'Mas essa canja tem pouquinha galinha. Você não vai comer mesmo assim?' Se você não mantiver o foco em seu propósito, a pressão social ou a familiar podem fazer fracassar seu plano.

Pessoalmente, parei de comer carnes e ovos há mais de vinte anos. Em verdade, já havia tomado a decisão no momento em que tive meu primeiro contato com o Yoga, há mais de vinte e cinco anos. Porém, quando anunciei para a minha mãe, desde o alto dos meus treze anos de idade, que havia decidido parar de comer carnes, ela simplesmente me deu uma bofetada e disse: 'Se você acha que vou cozinhar especialmente para você sem carne, está redondamente enganado'. O assunto morreu aí mesmo, mas eu não desisti. Hoje em dia, minha mãe adotou a dieta vegetariana e ajuda muita gente que quer parar de comer carnes.

Não fui bem sucedido naquela primeira tentativa por causa da minha situação de dependência familiar. No entanto, o tempo passou e, quando tornei-me e comecei a morar sozinho, consegui finalmente realizar esse objetivo. Devo dizer que não me custou nada parar com as carnes e os ovos, pois minha motivação em relação à prática era muito forte e, depois que você desenvolve uma certa sensibilidade através da meditação, os mantras e as práticas mais sutis do Yoga, o vegetarianismo torna-se uma necessidade.

Definição de vegetarianismo no contexto do Yoga

Por vegetarianismo, entende-se aqui a dieta alimentar que exclui quaisquer tipos de carne, seja de vaca, ovelha, porco e outros mamíferos, mas igualmente a das aves, peixes e 'frutos do mar'. Os ovos tampouco fazem parte da dieta vegetariana do Yoga, pois se considera o ovo um tipo de carne líquida.

Mesmo se formos considerar o ovo não galado, ele não faz parte da dieta simplesmente por uma razão de higiene: ovos não galados são menstruação de galinha e, de modo geral, os yogis não se sentem muito confortáveis alimentando-se da descarga menstrual dos simpáticos bípedes. Aliás, uma pergunta que nenhum ovo-vegetariano me respondeu satisfatoriamente até hoje é a seguinte: qual é a diferença entre comer os ovos de uma galinha e os ovos de um peixe ou de uma tartaruga? Se você come omelete ou bolo com ovos, porque torce o nariz para o caviar?

Por outro lado, a dieta vegetariana tradicional recomendada nas escrituras admite o consumo de leite e seus derivados. É por isso que esta dieta é chamada lacto-vegetarianismo. Os derivados do leite usados na Índia, sejam de vaca ou búfala, são os seguintes: paneer, ou queijo fresco, coalhada, iogurte, manteiga e ghi, ou manteiga clarificada. Esses são produtos de fácil digestão para a maioria das pessoas, embora haja gente com intolerância a lactose que deve evitar todos os tipos de laticínios.

Na Índia não existem os queijos amarelos, curados ou gordurosos desenvolvidos na Europa e trazidos para o Brasil pelos imigrantes italianos e alemães. Na medida do possível, o yogi precisa evitar esses queijos, pois contêm um excesso de gordura saturada e são de difícil digestão, provocando um excesso de mucosidade que é extremamente prejudicial para a prática dopranayama e os exercícios de purificação, dentre outros. De resto, provindo do reino vegetal, vale absolutamente tudo.

Afora a dieta lacto-vegetariana adotada pelos yogis, existe outra opção alimentar, o veganismo, que exclui não somente as carnes mas igualmente todo alimento de origem animal, como os laticínios e o mel. O veganismo leva até as últimas conseqüências a preocupação ética em relação ao tratamento que os animais recebem das indústrias alimentar e do vestiário, eliminando sumariamente não apenas os alimentos de origem animal mas também quaisquer artigos de couro ou outros sub-produtos da mesma origem.

É bom lembrarmos que essa iniciativa nasceu igualmente na Índia, onde artigos feitos de couro como roupas, sapatos, cintos e outros acessórios, nunca foram usados por praticantes sérios de Yoga.

Vegetarianismo e Ayurveda

Uma coisa interessante na hora de escolher o alimento e o tempero que se usa para dar sabor às refeições, é se esse alimento e esse tempero estão de acordo com nosso biotipo individual. Esse biotipo individual chama-sedosha, em sânscrito.

O Ayurveda, a ciência indiana de manutenção da saúde, recomenda uma série de alimentos para cada biotipo. Nem todos os alimentos considerados bons, são bons para todos nós. Você já se perguntou porque, quando duas pessoas comem exatamente a mesma coisa, uma delas digere o alimento com facilidade e a outra não? O Ayurveda responde essa pergunta e muitas outras que possam surgir ao longo do processo de tornar-se vegetariano, indicando os alimentos mais adequados para cada tipo de constituição individual.

Se você não escolher corretamente seu alimento, não conseguirá digeri-lo bem e vai achar que a dieta vegetariana só dá gases, ou que ser vegetariano não é uma boa opção para você.

Se o amigo leitor quiser ampliar sua pesquisa a esse respeito, existem algumas dietas recomendadas para os diferentes doshas disponíveis neste mesmo website. Não obstante, para escolher com propriedade uma dieta, é preciso conhecer primeiramente seu biotipo fazendo um teste rápido que pode ser achado usando o mecanismo de pesquisa deste website.

Ser yogi = ser vegetariano?

Existem yogis atualmente que, por diferentes motivos, não aderem à dieta vegetariana. Esses praticantes podem apresentar situações peculiares de saúde, ou manter condicionamentos que lhes impedem de assumir o vegetarianismo de maneira plena, ou simplesmente não darem ao vegetarianismo a importância que ele merece na tradição. Pessoalmente, acredito que essas pessoas têm pleno direito de agirem conforme suas próprias consciências.

O aparente paradoxo que pode surgir do confronto destas afirmações com o resto deste texto resolve-se no foro íntimo de cada um. Em suma, adotarmos ou não o vegetarianismo é uma questão de ética, sensibilidade, desapego e preparo.

Um dos grandes perigos que tenho visto em relação a isso no pequeno mundo do Yoga é que algumas pessoas se acham no direito de julgarem os demais em função do que elas comem, como se ser vegetariano fosse garantia e elevação espiritual e não o ser fosse sinal do contrário.

Nunca foi correto julgar alguém em função do que a pessoa põe no prato. Adolf Hitler, por exemplo, era vegetariano. Eu não colocaria esse assassino psicopata na categoria das pessoas espiritualmente elevadas. O Dalai Lama, embora já tenha mantido durante um tempo a dieta vegetariana, come carne ocasionalmente por indicação médica. Eu não diria que ele tem uma estatura espiritual pequena.

Portanto, adotar o vegetarianismo pode ajudar, mas não é sinal de realização espiritual. Assim como não existe um teste que possa ser aplicado ao ser humano para determinar seu grau de espiritualidade, tampouco podemos considerar que a adoção de uma determinada dieta signifique alguma coisa em termos de progresso espiritual.

Se você for trocar seus condicionamentos atuais por outros, como a tendência a julgar os demais pela dieta ou a se considerar superior pelo fato de ser vegetariano, é melhor que continue comendo carne até resolver seus problemas de fundo.

Em suma, se a prática do Yoga não estiver nos ajudando a sermos pessoas melhor resolvidas, mais felizes e legais, isso pode ser sinal de que não estamos praticando com a atitude correta, de mente equânime e coração aberto. O melhor é fazermos nossa prática sem julgar a dos demais. Para concluir, deixo o leitor com uma reflexão do shaiva yogi Tirumular, do sul da Índia:

'Como pode praticar a verdadeira compaixão aquele que come a carne de um animal para engordar sua própria carne? Maior do que mil oferendas de ghi no fogo sagrado é não sacrificar nem consumir nenhuma criatura viva.'

terça-feira, 6 de março de 2012

Prema Yoga


A palavra "Prema" significa "amor" em sânscrito. E é com esse sentimento e energia que criamos o espaço Prema Yoga.

Temos aulas de Yoga para todas as idades, com turmas especiais para crianças, gestantes , terceira idade, Yoga Terapia Hormonal para menopausa, massagem ayurvédica e reiki.

Realizamos aulas para pequenos grupos com uma variedade de estilos e técnicas de yoga.
Não importa o seu nível de aptidão, a sua experiência com yoga, ou seus objetivos pessoais em praticar, oferecemos a aula apropriada à você.

Venha conhecer nosso espaço e faça uma aula experimental!

Namaste!

Victor e Juliana.